A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) informou na manhã desta quinta-feira (24) que o movimento de paralisação da categoria só
terminará quando a redução de impostos dos combustíveis for publicada
no Diário Oficial da União (DOU).
A informação foi divulgada pela
assessoria de imprensa da entidade que mencionou que o movimento "não
acredita mais nas promessas do governo" e que, por isso, a paralisação
só terminará quando a decisão "virar lei".
Mais cedo, o presidente Abcam, José da Fonseca Lopes, havia dito em
entrevista à Rádio Eldorado que as manifestações poderiam ser suspensas nesta tarde,
desde que o projeto que prevê zerar a PIS-Cofins sobre o óleo diesel
fosse aprovado pelo Senado. Líderes do movimento terão encontro com a
cúpula do governo federal às 14h no Palácio do Planalto.
Na noite desta quarta-feira, 23, a Petrobras anunciou de redução do preço do diesel em 10% e a manutenção desses preços por 15 dias.
Este é o quarto dia seguido em que a categoria bloqueia estradas em
praticamente todos os estados do País, inclusive do Ceará, protestando e
solicitando a redução dos tributos e também a revisão da política de
reajustes de preços da Petrobras. As tentativas de acordo entre a
categoria e o governo, que já acenou com a retirada das Contribuições de
Intervenção no Domínio Econômico (Cide) para o diesel, a redução do
PIS/Cofins e a fixação de alíquota máxima de ICMS, ainda não tiveram
resultado.
Enquanto isso, crescem os efeitos da crise, que vão do risco de
desabastecimento de combustíveis, onde o preço da gasolina quebrou a
barreira dos R$ 5 no Ceará, à mesa da população, na qual os alimentos
podem faltar ou encarecer, afetando diversas cadeias produtivas da
economia.