País segue registrando diversas manifestações no Ceará nesta quinta-feira (24). Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), pelo menos sete municípios,
no Interior e na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), contam
atualmente com bloqueios em trechos de rodovias federais do Estado. É o
quarto dia seguido de protestos.
Retomado ontem (23), o bloqueio no quilômetro (km) 18 da BR-116, no município de Eusébio,
na RMF, segue acontecendo ao longo desta manhã. No local,
aproximadamente 200 caminhões ocupam ambos os sentidos do acostamento e
bloqueiam a passagem de veículos de carga Conforme a PRF, o trânsito
está fluindo com apenas uma faixa liberada.
Ainda conforme a Polícia Rodoviária, a maior manifestação registrada no Ceará ocorre no km 70 da BR-116, no município de Chorozinho,
onde aproximadamente 850 caminhões ocupam 7 km do acostamento,
bloqueando totalmente o trânsito de veículos de carga. Iniciado ontem, o
bloqueio de um trecho do km 545 da rodovia federal, na cidade de Penaforte, no Sul do Estado, também segue ocorrendo nesta quinta-feira, assim como o ato no km 334 da BR-222, em Tianguá, na região da Ibiapaba, que reúne cerca de 100 caminhões.
A PRF também ressalta que três municípios da região Jaguaribana contam com manifestações nesta quinta-feira. São eles: Alto Santo, onde os caminhoneiros estão bloqueando um trecho do km 250 da BR-116; Russas, onde oito caminhões ocupam o km 168 da BR-116; e Tabuleiro do Norte,
que registra um bloqueio no km 215 da rodovia federal, com interdição
parcial no Posto Cachoeira III. Em todos os locais, a passagem de
veículos de carga está completamente bloqueada.
Reivindicações
Os atos reivindicam a redução no preço dos combustíveis, que passaram
por uma série de aumentos nas últimas semanas. Nesta quarta-feira (23),
inclusive, os postos da Capital voltaram a elevar os valores cobrados pelo litro do diesel e da gasolina, que atingiu R$ 4,89.
Conforme a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), as manifestações devem continuar em todo o País, apesar de o governo federal ter acertado a redução da Cide (Contribuição
de Intervenção no Domínio Econômico) que incide sobre o preço do
diesel. Na noite desta quarta-feira, a Câmara dos Deputados também
aprovou uma proposta que deve zerar, até o fim deste ano, a PIS/Cofins que incide sobre o diesel.
Conforme o presidente da Abcam, que organiza o movimento da categoria,
José da Fonseca Lopes, as medidas são positivas, mas os rumos da
paralisação nacional só serão definidos na tarde desta quinta-feira,
após reunião com alguns ministros de Temer.