Foto Fernanda Barros |
O
novo Boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira, 19, pela Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz), aponta um aumento no número de casos de
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19 em
determinados estados do País.
O
levantamento abrange a Semana Epidemiológica 50, de 8 a 14 de dezembro,
e evidencia um cenário de crescimento especialmente no Ceará, Minas
Gerais, Sergipe e Rondônia, além do Distrito Federal.
Enquanto
o Ceará mantém uma tendência de alta, Minas Gerais apresenta os
primeiros sinais de crescimento, com impacto mais acentuado na população
idosa. Já em Sergipe e Rondônia, a elevação no número de casos também é
atribuída ao aumento de infecções por Covid-19.
De
acordo com a Fiocruz, no contexto nacional, o estudo revelou o
crescimento de SRAG tanto em tendências de longo prazo (seis semanas)
quanto de curto prazo (três semanas). Entre os estados com aumento na
tendência de longo prazo estão Amazonas, Acre, Ceará, Distrito Federal,
Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rondônia, Santa
Catarina e Sergipe.
Em
algumas localidades, como Acre, Distrito Federal, Minas Gerais e
Sergipe o crescimento de casos entre crianças e adolescentes está
relacionado a outros vírus respiratórios, como rinovírus e
metapneumovírus.
Dez
capitais, incluindo Aracaju, Belo Horizonte, Campo Grande,
Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Macapá, Vitória e Rio
Branco, apresentam sinais de aumento nos casos de SRAG.
Entre
os vírus detectados, o SARS-CoV-2 (causador da Covid-19) foi o
responsável por 31,1% dos casos positivos nas últimas quatro semanas,
seguido por rinovírus (38,6%) e influenza A (7,6%). No caso de óbitos, o
SARS-CoV-2 representou 63,6% das ocorrências.
Para
o final de ano, as autoridades de saúde recomendam o uso de máscaras ao
surgirem sintomas gripais e priorizar ambientes ventilados, visando
minimizar os riscos de transmissão, especialmente diante do aumento
recente de casos de Covid-19 em algumas localidades.
Com
170.434 casos de SRAG registrados até o momento em 2024, a Fiocruz
orienta para a necessidade de acompanhamento contínuo e reforço nas
medidas preventivas, principalmente nas festas de fim de ano, para
evitar novos picos de infecção.