terça-feira, 17 de outubro de 2023

Liminar da Justiça mantém André Figueiredo na presidência do PDT Ceará

Foto: Reprodução

A reunião do diretório estadual do PDT Ceará realizada nessa segunda-feira (16) foi apenas mais um capítulo da longa novela jurídica que a legenda vive em âmbito cearense. O senador Cid Gomes reuniu um conjunto amplo de apoiadores na sede do partido em Fortaleza, e foi eleito presidente estadual do PDT. Contudo, instantes depois teve a sua eleição tornada sem valor legal. A nulidade momentânea da eleição de Cid para o posto se dá em face de uma liminar de urgência conseguida pelo deputado federal André Figueiredo.

Figueiredo, que se mantém como presidente estadual da sigla e como presidente nacional interino, obteve a peça jurídica por meio de liminar assinada pela juíza Maria de Fátima Bezerra Facundo. A ação movida por Figueiredo tramitou em caráter de urgência na 28° Vara Cível de Fortaleza. No texto assinado pela magistrada, ela alega que a convocação realizada pelo irmão de Ciro Gomes não respeitou os trâmites e prazos estabelecidos pelo estatuto da legenda.

Salienta-se que Cid Gomes já afirmou que irá recorrer da posição liminar. O político disse que a juíza foi levada ao engano. De acordo com Cid, os prazos referidos na decisão são para a convenção, e não são aplicáveis ao caso em destaque, ou seja, para a reunião do diretório em caráter de convocação.

Figueiredo comentou o caso apenas declarando que trabalhou durante 39 anos para “fazer um PDT grandioso. Se não em quantidade, mas em qualidade. E essa trajetória estava sendo rompida por uma decisão de alguns que já tinham traído o partido ano passado e que agora querem tomá-lo para entregar nas mãos quem está no governo. Isso é inadmissível.” O presidente nacional interino da sigla também afirmou que a maioria evocada por Cid Gomes é frágil.

A expectativa é que novos desdobramentos judiciais da celeuma envolvendo a presidência estadual do partido tornem-se públicos até o final desta semana.