domingo, 31 de maio de 2020

Modelo de aulas online ameaça burlar lei: Queiroz Filho pede audiência para discutir retorno das aulas presenciais

O Presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, deputado Queiroz Filho (PDT), pediu a realização de uma audiência para debater as diretrizes para a retomada das aulas presenciais no Ceará. A rede particular programou o reinício das aulas em sala para o dia 19 de junho, mas, por decisão do Governador Camilo Santana (PT), o ensino público e privado será um dos últimos serviços a terem as atividades retomadas em função das grandes aglomerações.

“Diversas regras e condições devem ser consideradas para que esta volta não ocasione uma nova leva de casos do coronavírus, necessitando a colaboração de vários setores da área, uma ação integrada para definir medidas essenciais para este reinício’’, destacou Queiroz, ao lembrar que a audiência seria feita no momento apropriado, respeitando as regras de distanciamento social, podendo acontecer de maneira remota.

De acordo com Queiroz Filho, ‘’é importante essa troca de ideias com a Secretaria de Educação do Estado e demais órgãos e entidades competentes para que, juntos, possamos otimizar essas medidas, garantindo a qualidade de ensino e a saúde dos alunos da rede pública e privada do estado’’.

AULAS ONLINE

A audiência proposta pelo deputado estadual Queiroz Filho deve ampliar a discussão para o cumprimento da lei sancionada pelo Governador Camilo Santana que instituiu descontos nas mensalidades nesse período da pandemia. Pais de estudantes da rede privada foram surpreendidos, nos últimos dias, com comunicados, por telefone, sobre a metodologia das aulas remotas. As aulas, conforme o aviso aos pais e responsáveis, deverão unir, via remota, pelo menos, três turmas, ou seja, mais de 70 estudantes.

Com essa iniciativa, ao juntar várias turmas, os pais temem que os professores fiquem sobrecarregados com muitas perguntas e os alunos não tenham a devida atenção uma vez que, antes eram apenas 25, e, agora, são 75 no mesmo horário. ‘’Um verdadeiro absurdo’’, critica uma mãe de uma aluna que não escondeu a indignação ao receber o telefonema da escola.