As convenções estaduais do último fim de semana oficializaram os nomes
de três candidatos ao Governo do Estado do Ceará: Ailton Lopes (PSOL),
Hélio Góis (PSL) e General Theophilo (PSDB). Faltam ser homologadas as
candidaturas de Francisco Gonzaga (PSTU) e Camilo Santana (PT), até o
próximo domingo, segundo o Calendário Eleitoral estabelecido pelo
Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A exceção do PSDB (leia matéria na página seguinte), que escolheu
apenas o seu candidato a governador e os dois senadores, os demais
partidos apresentaram os seus representantes para a disputa da chefia do
Executivo estadual, com o vice e os dois senadores. Duas das três
convenções aconteceram no domingo, a outra, do PSOL coligado com o PCB,
aconteceu sábado.
A chapa majoritária da coligação será composta pelo bancário Ailton
Lopes, ao Governo do Estado, e da militante do Partido Comunista do
Brasil (PCB), Raquel Lima, como vice. Esta será a segunda eleição
disputada por Ailton. Em 2014, ele foi derrotado no primeiro turno com
2,40% dos votos válidos. A convenção foi oportunidade para ele criticar
promessas não cumpridas pela gestão estadual e conclamar os
correligionários a buscar o voto dos "descontentes" com o cenário
político.
A chapa PSOL-PCB apresenta para o Senado Federal, a professora, Anna
Karina Cavalcante (PSOL), e o pastor evangélico, Jamieson Simões (PSOL).
Já para as eleições proporcionais, serão, aproximadamente, 60
candidatos que disputarão vagas na Assembleia Legislativa e Câmara
Federal. Apenas um deles, o operário da construção civil, Benedito
Oliveira, candidato a deputado federal, é do PCB, os demais são da
legenda psolista.
Antes das chapas proporcional e majoritária serem homologadas, a frase
"Marielle presente" foi uma das mais ouvidas no encontro do partido.
Marielle era vereadora do PSOL do Rio de Janeiro. Ela foi assassinada
com quatro tiros na cabeça na noite do último dia 14 de março.
A defesa da classe trabalhadora, inclusive, foi um dos pontos destacado
pelo candidato Ailton Lopes, durante discurso. Segundo ele, a chapa
proporcional conta com candidatos que vão desde catadores a
profissionais liberais. Ele afirmou, ainda, que o desafio do partido
será enfrentar uma disputa com "compra de voto" e que, do outro lado,
apresenta um "condomínio eleitoral", reunindo 24 partidos aliados ao
governador Camilo Santana (PT), entre eles o MDB, do senador Eunício
Oliveira.
A convenção do Partido Social Liberal (PSL) neste domingo, homologou a
candidatura do advogado Hélio Góis para o Governo do Estado. Seu
partido, só está coligado à Democracia Cristã (DC) para a disputa
proporcional. "A nossa expectativa para este pleito é de uma luta até
desigual, exatamente porque somos um partido com parcos recursos",
declara o candidato. Góis afirma que o partido conta com a militância
espontânea para tentar alavancar sua candidatura. "Tudo o que temos é o
exército de homens de bem querendo a mudança do nosso Estado", explica.
Sua companheira de chapa será a também advogada Ninon Elizabeth
Tauchmann.
Além de Góis e da vice, o PSL também lançou candidatos ao Senado: o
ginecologista Márcio Pinheiro e o pastor Pedro Ribeiro, que não
compareceu ao evento por questões de Saúde. Pinheiro ironizou a
coligação feita pelo governador Camilo Santana (PT), que aglutina mais
de vinte sigla em torno de seu nome.
"Vai reunir tudo aquilo que a gente é contra, e é isso que a gente
espera que a sociedade cearense entenda", diz. O evento contou com a
presença de vários políticos ligados às duas siglas, como os vereadores
de Fortaleza Jorge Pinheiro (DC) e Marcelo Lemos (PSL).
Apesar de não ter sido reproduzida na chapa majoritária, a coligação
PSL e DC na disputa proporcional, segundo o presidente estadual do DC, o
deputado Ely Aguiar, as duas siglas devem lançar 69 candidatos para a
Assembleia Legislativa e 33 para a Câmara dos Deputados.