Bradesco poderá fechar agências e transferi-las para postos de atendimento menores nos próximos meses, afirmou o presidente do banco, Luiz Carlos Trabuco, em reunião com investidores, em São Paulo.
Até então, o banco vinha descartando a possibilidade de fechar agências após com a sobreposição de unidades do HSBC.
O Bradesco acertou a compra do braço brasileiro do banco inglês em agosto do ano passado, mas obteve a autorização do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para efetivar a aquisição e começar a fusão apenas em julho deste ano.
"Existe uma certa sobreposição [de agências], mas o que vai decidir [o que será feito com as agências] serão os balancetes", disse Trabuco, explicando que a decisão vai depender do resultado de vendas de cada agência.
O Bradesco tem hoje 5.242 agências, considerando a rede do HSBC. O número é maior que o de seus pares privados Itaú e Santander. Ao indicar que também estuda o que fazer com agências em um período em que clientes usam celular e internet para serviços bancários, o Bradesco se alinha a seus concorrentes.
No começo desta semana, o Banco do Brasil anunciou um grande processo de reestruturação, com fechamento de agências e conversão de parte delas em postos de atendimento.
Mas, para Trabuco, não há urgência em encerrar as unidades. "A rede não é superdimensionada. Ela está superdimensionada para a realidade econômica atual", disse.
O executivo enfatizou que estrategicamente o banco quer estar presente em todo o país. Hoje, há cerca de 2.000 municípios em que apenas o Bradesco tem agência —segundo Trabuco, o banco planeja manter essa rede.
Ele descarta, porém, voltar a operar a rede do Banco Postal —em dezembro, vence o contrato do Banco do Brasil como correspondente bancário que opera nos postos dos Correios.
O Bradesco foi o primeiro parceiro dos Correios no serviço, mas depois de 10 anos de convênio, preferiu montar rede de atendimento nos municípios mais rentáveis.
A estatal tentou leiloar o Banco Postal em novembro, mas não encontrou interessados.
DIGITAL
O Bradesco é mais cauteloso ao reavaliar agências que seus concorrentes, mas a digitalização é "caminho sem volta", segundo Trabuco.
Hoje, 77% das transações do banco já são feitas por aplicativo no celular ou internet banking. O banco entende, no entanto, que seus clientes ainda não são totalmente conectados e dependem das agências para a contratação de serviços mais complexos, como crédito imobiliário.
Para atender clientes mais novos, Trabuco citou o projeto de criar, do zero, um banco digital —o executivo não deu detalhes de quando será lançado.
Trabuco disse, ainda, que as fintechs (empresas inovadoras do setor financeiro) são oportunidades para que o banco possa capturar experiências e levá-las para dentro do conjunto de serviços oferecidos pelo Bradesco.
ESTRATÉGIAS
O Bradesco disse esperar uma queda na inadimplência das empresas a partir do ano que vem, depois de um ano em que todas os grandes bancos precisaram renegociar dívidas de grandes empresas.
Entre as estratégias para o triênio de 2017 a 2019, Trabuco sinalizou que o banco irá "absorver os créditos não performados (atrasados) e renegociados".
"Nós não abandonamos clientes. Momentos de crise não mudam perfis de clientes", afirmou, dizendo que espera fortalecer o relacionamento com grandes empresas depois que a crise passar.
As outras metas para os próximos três anos são o avanço digital do banco e a completa incorporação do HSBC.
Até então, o banco vinha descartando a possibilidade de fechar agências após com a sobreposição de unidades do HSBC.
O Bradesco acertou a compra do braço brasileiro do banco inglês em agosto do ano passado, mas obteve a autorização do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) para efetivar a aquisição e começar a fusão apenas em julho deste ano.
"Existe uma certa sobreposição [de agências], mas o que vai decidir [o que será feito com as agências] serão os balancetes", disse Trabuco, explicando que a decisão vai depender do resultado de vendas de cada agência.
O Bradesco tem hoje 5.242 agências, considerando a rede do HSBC. O número é maior que o de seus pares privados Itaú e Santander. Ao indicar que também estuda o que fazer com agências em um período em que clientes usam celular e internet para serviços bancários, o Bradesco se alinha a seus concorrentes.
No começo desta semana, o Banco do Brasil anunciou um grande processo de reestruturação, com fechamento de agências e conversão de parte delas em postos de atendimento.
Mas, para Trabuco, não há urgência em encerrar as unidades. "A rede não é superdimensionada. Ela está superdimensionada para a realidade econômica atual", disse.
O executivo enfatizou que estrategicamente o banco quer estar presente em todo o país. Hoje, há cerca de 2.000 municípios em que apenas o Bradesco tem agência —segundo Trabuco, o banco planeja manter essa rede.
Ele descarta, porém, voltar a operar a rede do Banco Postal —em dezembro, vence o contrato do Banco do Brasil como correspondente bancário que opera nos postos dos Correios.
O Bradesco foi o primeiro parceiro dos Correios no serviço, mas depois de 10 anos de convênio, preferiu montar rede de atendimento nos municípios mais rentáveis.
A estatal tentou leiloar o Banco Postal em novembro, mas não encontrou interessados.
DIGITAL
O Bradesco é mais cauteloso ao reavaliar agências que seus concorrentes, mas a digitalização é "caminho sem volta", segundo Trabuco.
Hoje, 77% das transações do banco já são feitas por aplicativo no celular ou internet banking. O banco entende, no entanto, que seus clientes ainda não são totalmente conectados e dependem das agências para a contratação de serviços mais complexos, como crédito imobiliário.
Para atender clientes mais novos, Trabuco citou o projeto de criar, do zero, um banco digital —o executivo não deu detalhes de quando será lançado.
Trabuco disse, ainda, que as fintechs (empresas inovadoras do setor financeiro) são oportunidades para que o banco possa capturar experiências e levá-las para dentro do conjunto de serviços oferecidos pelo Bradesco.
ESTRATÉGIAS
O Bradesco disse esperar uma queda na inadimplência das empresas a partir do ano que vem, depois de um ano em que todas os grandes bancos precisaram renegociar dívidas de grandes empresas.
Entre as estratégias para o triênio de 2017 a 2019, Trabuco sinalizou que o banco irá "absorver os créditos não performados (atrasados) e renegociados".
"Nós não abandonamos clientes. Momentos de crise não mudam perfis de clientes", afirmou, dizendo que espera fortalecer o relacionamento com grandes empresas depois que a crise passar.
As outras metas para os próximos três anos são o avanço digital do banco e a completa incorporação do HSBC.