Anitta, 20, faz sucesso com um funk mais família. Ao invés de usar letras de apologia ao crime, drogas e sexo explícito, a garota ousa em composições que entrelaçam o apelo sexual, feminismo e a ingenuidade adolescente. Em entrevista à "Folha de S. Paulo", ela afirma que a chegada da polícia pacificadora os morros do Rio de Janeiro permitiu a mudança de perfil das letras cantadas pelos MC's.
"O artista de funk canta o que ele vive e, para fazer sucesso na favela, precisava falar de drogas, crimes, sacanagem. Com a chegada das UPPs [Unidade de Polícia Pacificadora] e o fim dos bailes, para que cantar sobre isso? O MC já pode fazer sucesso no asfalto com letras mais lights", diz ela.
A musa do "funk melody" acaba de ganhar o disco de ouro pela venda de 30 mil cópias do seu álbum homônimo e o seu clipe do hit "Show das Poderosas" já tem mais de 38 milhões de visualizações.