A baixinha e dentuça mais querida do Brasil completa 50 anos amanhã. Conheça a história da personagem que encantou várias gerações e continua cativando crianças, jovens e adultos até hoje
Mônica Spada e Sousa é a segunda de dez filhos de Mauricio de Sousa. Nascida em 1960 e sempre acompanhada de seu coelhinho de pelúcia, a menina serviu de inspiração para a criação da personagem Mônica. Anos depois, Mauricio também veio a criar mais personagens inspirados em seus outros filhos.
A Mônica da vida real se chama Mônica Spada e Sousa, quando criança vivia agarrada em seu coelho de pelúcia
Em recente entrevista, Mônica conta que ficou sabendo ainda criança que era retratada nas histórias do pai. Disse que a princípio, achou muito legal. Depois, quando chegou à adolescência, não curtiu tanto porque estava sendo sempre comparada com uma menina que era dentuça, baixinha, ´invocada´ e que era pouco aprazível pros meninos. "Mas com o tempo eu fui amadurecendo e vendo a importância do personagem, aí fui gostando de novo" brinca a empresária que, atualmente, trabalha no estúdio do pai.
Papel de destaque
A Mônica da historinha original foi criada para ser coadjuvante do Cebolinha, mas devido ao sucesso de suas aparições, acabou conquistando o papel principal nas histórias de Maurício.
Mônica obteve tanto destaque que, em 1970, ganhou sua própria revista pela editora Abril. Foi a primeira publicação infantil colorida do País, com tiragem de 200 mil exemplares.
Embaixadora
A dentuça também conquistou dois títulos importantes: em 2007, Mauricio de Sousa foi empossado como escritor para crianças do Unicef e Mônica foi nomeada embaixadora do programa, sendo a primeira personagem de histórias infantis a receber essa designação. No ano seguinte, se tornou embaixadora do Turismo Brasileiro: ela atua em campanhas de incentivo à visitação ao Brasil, no País e no exterior.
O criador e sua história
Mauricio de Sousa nasceu na pequena cidade de Santa Isabel, mas cresceu em Mogi das Cruzes, ambas no interior de São Paulo. Desde cedo, os pais procuraram estimular a leitura nos filhos comprando gibis para Maurício e seus irmãos.
A atitude, segundo o próprio o Maurício confessa, acabou por incentivá-lo a criar as próprias histórias em quadrinhos.
Quando as crianças da rua se reuniam para ouvir histórias contadas pela avó, era Mauricio quem desenhava as ilustrações, criando uma espécie de cineminha.