O
mais recente relatório do Monitor de Secas, divulgado no último dia 16
de setembro, revela aumento de seca relativa em duas áreas do Ceará em
agosto, quando comparado ao mês de julho. A quadra chuvosa terminou em
maio, e o Estado acumula três meses sem precipitações
significativas.Foto: Honório Barbosa
Segundo
o levantamento, 5,2% do território tinha seca fraca em julho; um mês
depois, o percentual subiu para 12,5% - o maior valor desde março,
quando 42,5% do Ceará estava nessa categoria.
A
nova análise descreve que, “devido à piora nos indicadores, houve um
pequeno avanço da seca no sul e no leste do estado”. “Seca fraca” se
refere à primeira categoria, revelando um veranico de curto prazo capaz
de diminuir plantio, crescimento de culturas ou pastagem.
As
regiões atualmente afetadas ficam no extremo sul cearense, na região do
Cariri, incluindo cidades como Salitre, Crato, Barbalha, Juazeiro do
Norte, Jati e Brejo Santo; e no Vale do Jaguaribe, na divisa com o Rio
Grande do Norte, abrangendo trechos de Limoeiro do Norte, Tabuleiro do
Norte, Alto Santo, Potiretama e Ereré.
Apesar
do crescimento, este é o melhor cenário para o mês de agosto desde
2014, quando o Monitor de Secas foi criado. Em agosto de 2023, por
exemplo, o Estado tinha 35,7% do território em seca fraca. O pior índice
foi em 2021, com 99,7% do total.
Com
a redução de chuvas no segundo semestre, pode haver avanço da seca nos
próximos meses. Entre outubro de 2023 e janeiro de 2024, por exemplo,
100% do Ceará esteve sob influência da seca. A situação só amenizou com o
início da quadra, em fevereiro.