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A
secretária executiva de Vigilância e Regulação da Secretaria da Saúde
do Ceará (Sesa), Sarah Mendes, afirmou em coletiva de imprensa nesta
última quinta-feira (29), que a varíola dos macacos não tem potencial
para gerar surtos no Ceará. O Estado confirmou o primeiro caso da doença
na última quarta (30).
Epidemiologista
e especialista em Vigilância em Saúde, ela explica que, como a
principal via de transmissão da condição da “monkeypox” é através do
contato com as lesões na pele, a disseminação se torna mais difícil de
acontecer em relação a outras doenças.
“A
gente ficou muito sensibilizado com a Covid porque ela é de transmissão
respiratória e tinha muitos grupos suscetíveis, mas na varíola dos
macacos não pensamos nela como um potencial causador de surtos”,
argumenta.
O
epidemiologista Antônio Lima, da Secretaria Municipal da Saúde de
Fortaleza (SMS), emenda: “é uma possibilidade muito remota porque é
outro mecanismo de transmissão e os casos são esporádicos. Mesmo na
Inglaterra, você não teve grandes surtos localizados”.
Para
ele, o ineditismo do fenômeno é a doença ter saído de suas áreas
endêmicas, no Congo e na África Ocidental, mesmo havendo vacinas e
antivirais específicos para combatê-la.