Foto Horário Barbosa |
O período chuvoso deste ano garantiu um bom aporte de água nos açudes cearenses, mas as precipitações começaram a reduzir desde o mês passado. Como consequência, o volume dos reservatórios voltou a cair após quatro meses de alta. Ainda assim, o cenário geral de abastecimento é melhor do que o dos últimos oito anos.
De acordo com o Portal Hidrológico do Ceará, gerido pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), o mês de junho encerrou com 39,2% de preenchimento dos açudes. Agora, com julho prestes a ser encerrado, o percentual diminuiu para 38,6%.
Mesmo com a redução, o volume atual é superior ao registrado no fim de julho de 2021, quando os reservatórios acumulavam 27,7% da capacidade total, e dos sete anos anteriores. Apenas julho de 2013 encerrou em melhor estado, com 39,5%.
Julho de 2013: 39,5%
Julho de 2014: 27,7%
Julho de 2015: 16,7%
Julho de 2016: 10,4%
Julho de 2017: 11,5%
Julho de 2018: 15,3%
Julho de 2019: 20,0%
Julho de 2020: 33,1%
Julho de 2021: 27,7%
O açude Castanhão, maior e mais importante corpo d’água para o abastecimento do Estado, está com 24,3% de volume. Segundo as resenhas da Cogerh, ele foi o açude com maior aporte de água neste ano, já que finalizou o mês de janeiro com apenas 8,46% do total.
Outros pontos estratégicos, Orós e Banabuiú também estão numa situação melhor do que iniciaram o ano. O primeiro mais que dobrou, passando de 22,7% para 50,5% no mesmo período. Já o segundo teve um ritmo mais lento, crescendo de 8,18% para os atuais 10%.
157 açudes são monitorados pela Cogerh. Destes, 60 estão com volume abaixo de 30%. Também há 15 sangrando, e 38 estão acima de 90%.