Derrotado por 1 a 0 pelo Iguatu, o Ceará deu adeus ao Campeonato Cearense. A eliminação precoce do time comandado pelo técnico Tiago Nunes foi surpreendente dada a discrepância técnica entre as equipes, com o Alvinegro de Porangabuçu disputando a Série A pela quinta temporada consecutiva enquanto o Azulão sequer faz parte das quatro primeiras divisões do futebol nacional.
Há, no entanto, outros números que evidenciam o tamanho do feito da equipe do Centro-Sul cearense, ao mesmo tempo em que expõe o vexame do Vovô no certame estadual. Com vencimentos em torno de R$ 4 milhões por mês, o Ceará possui folha salarial quase 30 vezes maior do que o Iguatu, que gasta cerca de R$ 140 mil mensalmente para manter o elenco, montante que não paga o salário dos principais atletas do Alvinegro.
Ciente das limitações financeiras da equipe, a diretoria traçou como meta permanecer na Série A do Cearense, com o sonho de beliscar uma vaga na Série D do Campeonato Brasileiro em 2023. As boas atuações do Azulão nos dois confrontos, no entanto, garantiram a equipe a chance de disputar as semifinais do Estadual, além de deixar o Vovô de fora desta fase do certame pela primeira vez desde 2016.