O Ceará segue com condições favoráveis para a ocorrência de chuvas pelo menos até o próximo domingo, 30, segundo aponta a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).
A previsão indica possibilidades de novas precipitações em todas as macrorregiões do Estado. Neste sábado, 29, os maiores volumes são esperados para a faixa litorânea e centro-sul. As chuvas podem ocorrer a qualquer hora do dia.
No domingo, 30, os índices de pluviometria devem ser mais expressivos no Cariri e na Ibiapaba. No litoral Norte, de Fortaleza e no Maciço de Baturité, as possibilidades são baixas. Nos dois dias, o céu deve variar de nublado a parcialmente nublado, condição que faz o sol perder força e impacta na diminuição da sensação térmica e aumento da sensação de frio.
Caso as previsões do fim de semana se confirmem, o Ceará vai se despedir de janeiro da mesma forma que o recepcionou: com muita chuva. Da virada para 2022 até agora, o Estado acumula 154,6 milímetros (mm) de precipitações, segundo dados da Funceme. O volume é o maior para o mês desde 2016, quando foram registrados 189 mm. A depender dos eventos pluviométricos previstos para os últimos dias de janeiro, é possível que a média ainda seja ultrapassada.
O meteorologista da Funceme, Bruno Rodrigues, explica que as chuvas de janeiro são reflexo da atuação de dois fenômenos meteorológicos típicos da pré-estação chuvosa no Ceará. “Podemos atribuir esse cenário à aproximação da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que favorece a formação de áreas de instabilidade, principalmente no Interior, e à presença dos vórtices ciclônicos em altos níveis (VCAN), que acabam colaborando para a formação de nuvens de chuva sobre o Estado”. Variáveis locais como temperatura, relevo e umidade também influenciam as chuvas, segundo o especialista.
Em relação à distribuição espacial das precipitações, os números da Funceme indicam cenário de equilíbrio. Das oito macrorregiões, todas estão com acumulados acima da média esperada para o primeiro mês do ano. Duas, no entanto, o Litoral de Fortaleza e o Maciço do Baturité, ultrapassaram a casa dos 200 mm.