Atual companheira de Lázaro Barbosa Sousa, suspeito de crimes em série no Distrito Federal e em Goiás, uma jovem de 19 anos revelou estar assustada com os múltiplos delitos e tem receio pela vida do foragido.
"Temos medo de receber a notícia de que ele morreu. Espero que ele se entregue", disse a mulher, que pediu para não ser identificada, em entrevista ao Correio Braziliense.
A mulher é mãe de uma menina de dois anos que teve com Lázaro, a quem a bebê "quase todos os dias chama por ele", lamentou. "Isso me corta tanto. Ela é muito apegada. É a vida dele. Está todo mundo arrasado".
O casal se conheceu por intermédio da tia do homem. Nas palavras da companheira, ele tentou largar o crime. Mesmo decepcionada com a conduta de Lázaro, ela afirmou que gostaria de participar das buscas junto às forças de segurança.
"Se a gente tivesse a oportunidade de ir com a polícia para o meio do mato, para convencê-lo a se entregar. A gente não sabe o que aconteceu na mente e no coração dele. A ficha não caiu", declarou.
Ainda na entrevista, a jovem desmentiu as acusações de que o suspeito faz rituais macabros com as vítimas e frisou que ele acredita em Deus.
"Não acredito em nenhum ritual. Ele tinha uma fé em Deus muito grande, foi até pregador da palavra no presídio. Eu só vou acreditar que ele se envolveu mesmo nisso quando ele for pego e falar".
Delitos
Lázaro está foragido desde o último dia de junho, quando virou suspeito de matar uma família em Ceilândia, no Distrito Federal. O homem de 32 anos tem antecedentes criminais por homicídio, estupro e três fugas de penitenciárias. O histórico do homem apontado como "psicopata imprevisível" foi divulgado pelas secretarias da Segurança Pública do DF, Goiás e da Bahia.
Após as mortes dos empresários e de dois filhos do casal, Lázaro percorreu as imediações da chácara e tornou a fazer novas vítimas. O suspeito rende caseiro de uma fazenda, obrigou uma mulher a fazer o almoço para ele e outras duas pessoas a usarem maconha, atirou contra outras quatro e ateou fogo em um veículo.
Na terça-feira (15), Edenaldo Barbosa Magalhães, 57, pai do foragido, chegou a considerar o filho como "monstro" e disse que torce para que ele seja capturado por medo de algo aconteça com os familiares.
"Esse monstro, eu registrei, mas, quando as pessoas falam 'o seu filho', aquilo me estremece todo. Não dá vontade nem de ficar mais na Terra. Eu estou arrasado. Se eu vê-lo por aí, eu nem conheço mais", disse.