As taxas de rejeição ao governo e ao trabalho do presidente Jair Bolsonaro seguem em alta, enquanto a proporção dos eleitores que apoiam o chefe do Executivo se mantém estável, na faixa de 33%.
Pesquisa
realizada pelo PoderData, de 29 a 31 de março, mostra que o governo
Bolsonaro é hoje rejeitado por um recorde de 59% dos eleitores. A taxa é
a mais alta já registrada desde o início da pandemia.
No
último levantamento, há duas semanas, o índice era de 54%. Com a margem
de erro de 1,8 ponto percentual, para mais ou para menos, houve uma
piora na aprovação do governo federal.
A aprovação era de 32% e passou agora para 33%, o que indica estabilidade.
Outro
dado importante é que houve redução expressiva dos que dizem não saber
responder, que são 8% hoje, e era 14% há 15 dias. Segundo analistas,
isso é mais um sinal da polarização de opiniões sobre a administração de
Jair Bolsonaro: ou as pessoas aprovam (33%) ou desaprovam (59%).
Foram entrevistadas 3.500 pessoas, das 27 unidades da Federação.
A
avaliação negativa do trabalho de Jair Bolsonaro manteve-se estável. Os
que consideram a atual gestão “ruim ou péssima” passou de 52% para 53%
(oscilação dentro da margem de erro) em 15 dias. A proporção dos que
avaliam o trabalho de chefe do Executivo “bom ou ótimo” somam 26% (eram
24% no levantamento anterior).
Quem mais aprova:
os homens (41%);
quem tem de 25 a 44 anos (38%)
os que cursaram até o ensino fundamental (50%);
moradores da região Sul e Norte (38%);
quem ganha até 2 salários mínimos (42%).
Quem mais desaprova:
mulheres (64%);
quem tem de 16 a 24 anos (65%);
os moradores da região Centro-Oeste (65%);
quem ganha de 2 a 5 salários mínimos (72%).
os que cursaram até o ensino superior (66%).
Condução da pandemia
A
pesquisa foi realizada no período em que o Brasil bateu sucessivos
recordes de casos e de mortes por covid. A média móvel de vítimas em
sete dias atingiu 2.710 na terça-feira (29) - maior número desde o
início da pandemia. O governo também teve nesta semana a troca de seis
ministros e a demissão dos três comandantes das Forças Armadas.
O
que pode aumentar a aprovação à gestão Bolsonaro é a nova rodada de
pagamento do auxílio emergencial, que deve começar no dia 6 de abril.
Brasil tem recorde de mortes por Covid em 24h: 3.869
Desde
o início da pandemia, 321.515 pessoas foram mortas no Brasil pelo
coronavírus até quarta-feira (31). O total de casos chegou a 12.748.747,
de acordo com o painel atualizado pelo Conass (Conselho Nacional dos
Secretários de Saúde), um sistema próprio de informações que reúne dados
de contaminados e de óbitos em contagem paralela à do governo.foram
mortas pelo coronavírus no Brasil.
O número de vítimas registradas por dia tem batido recordes, ficando acima de 3 mil pessoas.
Os
Estados Unidos são o único país com mais mortos do que o Brasil em
números absolutos: 562.063 vítimas. Mas o número de novos casos e novas
mortes por dia vem em forte queda.
Bolsonaro
minimizou a pandemia em diversos momentos. No início da pandemia, o
presidente fez um pronunciamento em rede nacional afirmando que o
coronavírus é uma “gripezinha” e pediu o fim do “confinamento em massa”.
Ontem, em evento no Palácio do Planalto, sem máscara, ele voltou a
dizer que não adianta ficar em casa.