Na noite de ontem (05) por volta de das 20 horas, um homem de apenas
26 anos tentou tirar a própria vida. Segundo a Policia Militar o caso
aconteceu na Rua Emília de Lima Pinho, Bairro Cobal, familiares do rapaz
conseguiram chegar a tempo e resgatar o jovem.
O SAMU foi acionado e
socorreu á vítima com vida ao Hospital de Acopiara.
O número de casos de suicídio no município de Acopiara chama atenção,
de acordo com dados do site acopiara news, nesse primeiro semestre de
2020, foram registradas quatro mortes por suicídio e três tentativas.
O grande número de casos em todo o Estado do Ceará também preocupam.
Segundo dados da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa), dos
5.149 casos registrados no Estado em quase uma década, entre os anos
2010 e 2018, foram 1.269 na “cidade grande” (Fortaleza) e mais que o
triplo, 3.880, espalhados pelos demais municípios do interior.
Além de chamar atenção, as estatísticas alertam para a importância de
o suicídio – ainda considerado um tabu em diversas partes do mundo –
ser discutido de forma responsável e consciente.
Essa possibilidade de diálogo pode, segundo especialistas, abrir
caminho para a prevenção do comportamento suicida e auxiliar pessoas em
sofrimento psíquico a buscar ajuda. De acordo com o psiquiatra Davi
Queiroz, do Hospital de Saúde Mental Professor Frota Pinto, existem
várias formas de diminuir as chances de um suicídio acontecer.
A primeira delas, e uma das mais importantes, é estar atento a
indícios que, no dia a dia, revelam a intenção de uma pessoa em tirar a
própria vida. “Precisamos estar atentos aos sinais mais sutis, como o
isolamento, a falta ao trabalho, a perda do gosto pelas coisas e pela
própria vida, a dificuldade de relacionamento, a irritação… isso tudo
deve nos fazer pensar e procurar essa pessoa para conversar”, afirma
Davi.
Dificultar o acesso a meios que possam causar a morte de uma pessoa,
fortalecer vínculos afetivos e ser vigilante com quem apresenta um
comportamento de risco são, para o especialista, outras atitudes
fundamentais. Em paralelo a essas ações, o psiquiatra destaca a
importância de entender a dor do outro, sem criticar ou desqualificar
falas e comportamentos. “Além de um atendimento especializado, essas
pessoas também precisam de uma escuta acolhedora. Qualquer julgamento
que se faça pode, na verdade, piorar a situação”.
Acopiara news