Uma remessa
de 200 respiradores deverá embarcar para o Ceará no próximo dia 10 de
maio. A informação foi confirmada pelo governador Camilo Santana em uma
transmissão ao vivo pelas redes sociais. Os equipamentos foram comprados
pelo Governo do Estado de um empresa na China e deverão vir
acompanhados de materiais de proteção individual, como máscaras e luvas
hospitalares.
Segundo o
governador, essa é a primeira parte de um lote de 700 respiradores
comprados pelo Governo do Estado para criar leitos de unidade de terapia
intensiva nos hospitais do Ceará. O objetivo é tentar garantir
atendimento aos casos mais graves de covid-19.
"Estes 200
respiradores virão da China junto com equipamentos de proteção
individual e serão embarcados no próximo dia 10. Estamos trazendo
toneladas de equipamentos de proteção para que os profissionais possam
trabalhar com segurança", disse Camilo.
O
governador ainda comentou que o Estado contratou mais testes de
identificação do coronavírus para que se possa desenvolver as
estratégias de combate à pandemia.
"O Ceará
está entre os três estados do País que mais faz testes e estou fazendo a
contratação de mais testes, porque quanto mais se testa, mais podemos
nos preparar e fazer estratégias de combate ao vírus", disse Camilo.
Isolamento social
O chefe do
Executivo estadual ainda aproveitou para lembrar que as medidas de
endurecimento do isolamento social começam a valer em Fortaleza na
próxima sexta-feira (8).
Camilo
reforçou a importância das medidas de isolamento para reduzir a taxa de
propagação do coronavírus no Ceará, afirmando que a iniciativa poderá
salvar vidas e evitar o colapso do sistema público de saúde.
"Estamos
aumentando mais 100 leitos de UTI na Capital até o final dessa semana.
78 respiradores já estão no Ceará e estão funcionando, mas se não
diminuirmos a velocidade de propagação, o sistema vai estrangular e não
queremos chegar no momento em que médicos terão de escolher quem vai
receber o tratamento na UTI", disse Camilo.
A partir
desta sexta, o Estado deverá operar várias blitze pela Capital e
instalar barreiras de entrada e saída para outros municípios para
reduzir o fluxo de pessoas.
"Sem o
isolamento o avanço da doença foi muito rápido, e mesmo com a ampliação
de leitos na rede hospitalar que estamos fazendo, sendo 463 novos leitos
de UTI, estamos chegando ao limite do atendimento", afirmou.