
O comparativo entre iguais períodos mostra aumento de
123,3%
A Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública do
Ceará (Supesp-CE) contabilizou que durante o período de quarentena, de
20 a 31 de março de 2020, foram registrados 3.840 Boletins Eletrônicos
de Ocorrência na Delegacia Eletrônica. As principais tipificações
criminais são extravio de documento/objetos/valores, roubo à pessoa e
furtos.
O delegado-geral da PCCE, Marcus Rattacaso, afirma que o aumento dos
registros de roubo à pessoa é explicado pela decisão de quando o crime
ocorre sem lesão corporal, agora, ele deve ser registrado exclusivamente
por meio eletrônico.
Atendimento ampliado
O atendimento na Delegacia Eletrônica foi ampliado desde o decreto de
Estado de Emergência em Saúde no Ceará devido à pandemia do novo
coronavírus. Os registros nas delegacias físicas foram reduzidos com
intuito de evitar a aglomeração de pessoas e uma lista de crimes passou a
só poder ser registrada no âmbito virtual.
Segundo a Polícia Civil, dos 9.465 boletins de ocorrência online,
1.971 foram por roubo à pessoa, 1.295 por furto, 508 por estelionato,
406 por acidente de trânsito, 301 por dano, 222 por ameaça, 147 por
injúria, 140 por difamação, 67 calúnia, 63 furto qualificado e o
restante outros crimes não especificados pela Secretaria da Segurança
Pública e Defesa Social (SSPDS).
As 4.184 ocorrências devido à extravios representam um número 34,6%
menor do que o de março do ano passado. Segundo Marcus Rattacaso, a
queda significativa está relacionada à diminuição de fluxo de pessoas
nas ruas devido ao isolamento domiciliar.
Além do roubo à pessoa e extravio, devem ser registradas na Delegacia
Eletrônica durante esta quarentena as ocorrências envolvendo: dano,
acidente de trânsito sem vítima, injúria, furto, difamação, calúnia,
desaparecimento de pessoa, roubo à residência, violação de domicílio,
maus-tratos contra animais, estelionato, ameaça, furto qualificado,
crime contra idoso, apropriação indébita e crime contra o consumidor. A
SSPDS estuda abranger mais registros online de mais crimes.
G1