São 12
meses, dois títulos, a permanência na Série A do Campeonato Brasileiro
de 2020, uma classificação para a Copa Sul-Americana, o 3º maior público
do Brasil - o 4º da competição -, o Top 10 em número de
sócios-torcedores e o melhor marketing do País. O ilustrado é um breve
resumo do que significou a campanha do Fortaleza. E o capítulo
derradeiro ocorre neste domingo (8), às 16 horas, na Arena Castelão.
E se a
torcida tricolor cobrou motivos para comemorar em outros tempos, hoje
deve inflamar as arquibancadas em paixão e reconhecimento. Não é
excesso, apenas fato: o maior ano da história do Leão foi 2019,
justamente fruto do principal presidente dos 101 anos de fundação,
Marcelo Paz, e de Rogério Ceni, considerado o técnico mais vitorioso da
história do clube.
“A
gente achava que 2018 tinha sido fantástico com a conquista do título da
Série B. Eu achei que não fosse possível superar. Mas acho que 2019
fica marcado. Em conversas com pessoas que conhecem muito mais o
Fortaleza, todos falam que é o ano mais especial da história do clube. E
eu acho que sim. Porque essa alegria que a gente vê do torcedor, acho
que valeu muito. Foi um ano cansativo, pesado, mas que foi retribuído
com tudo que a gente alcançou”, afirmou Rogério Ceni, em entrevista
exclusiva ao Sistema Verdes Mares (SVM), sobre o ano do Tricolor do
Pici, comparando a atual temporada com a do ano de 2018.
Grande público
A
expectativa é que o principal reduto do futebol cearense esteja
completamente lotado, quiçá a capacidade dos 52.225 espectadores a qual o
Gigante da Boa Vista suporta. Assim, a partida se torna de muito
interesse pelo ranking das massas, da qual o Leão do Pici tem chance de
ficar em 2º, atrás somente do Flamengo.
A
marca será alcançada se o Tricolor conseguir um público superior a 15
mil comparado ao do Corinthians, atual vice-líder no quesito e que
enfrenta o Fluminense, em Itaquera. Outra conquista simbólica é a de
melhor nordestino na 1ª divisão, o que será obtido até com empate diante
do Bahia.
Pendências tricolores
A
priori, apenas conquistas sem troféus, todavia, ilustram uma temporada
que já é sem precedentes. Até serem obtidas, nos últimos 90 minutos, o
técnico Rogério Ceni precisará resolver determinadas pendências no
plantel leonino.
A
começar pela defesa, que tem o desfalque do zagueiro Paulão, suspenso
devido ao cartão vermelho recebido na 37ª rodada diante do Fluminense.
Como reposição, a peça principal é Jackson, que está em fase final de
transição. Caso não se recupere, o lateral-esquerdo Bruno Melo será
improvisado no setor.
Para o
meio-campo, a baixa é o volante Juninho, que pertence ao Bahia, apesar
de ter um pré-contrato com o Fortaleza para 2020. Sem poder atuar por
cláusula contratual, cede vaga para Araruna - Nenê Bonilha também é
opção para a posição.
Juninho,
inclusive, como não vai jogar nesta última partida do ano no Fortaleza,
aproveitou para se despedir nas redes sociais. “Gratidão, meu Deus, por
ter jogado o campeonato inteiro, por abençoar/capacitar a mim e aos
meus companheiros de trabalho a fazermos bons jogos, conseguindo além do
que esperávamos no começo”, postou o volante leonino em sua rede
social.
Já no
ataque, Osvaldo, que deixou o campo com dores musculares na partida
contra o Fluminense, deve ser poupado. O substituto é André Luís, que
formará o quarteto ofensivo ao lado de Wellington Paulista, Edinho e
Romarinho.
Reabilitação
O
Bahia atravessa o seu pior momento sob o comando de Roger Machado. Das
últimas 10 partidas, venceu apenas uma, o que encerrou as chances de ir
para Taça Libertadores de 2020, em sua fase preliminar. Na 11ª posição,
com 49 pontos, é o rival direto do Fortaleza na competição interna da
região - Ceará e CSA não podem alcançar a dupla tricolor.
Querendo
o pódio e também uma melhor premiação, que é obtida de acordo com a
posição final no Brasileirão, o time baiano vem a campo com força
máxima. A única baixa é o atacante Arthur Caíque por suspensão.
O
centroavante Gilberto também reserva motivação extra para o duelo. O
atleta soma 14 gols e briga para se manter em 3º, entre os principais
artilheiros do Brasileirão.
Mesmo
com a queda de rendimento da equipe, quando tinha chances de brigar por
vaga na Libertadores, o volante Gregore, que estará em campo hoje,
avalia que a temporada foi positiva para o grupo do Bahia.
“Fizemos
um primeiro turno (da Série A) muito bom e acabamos oscilando um pouco
no segundo. Mas, no geral, foi um ano muito bom do clube. Acredito que
temos algumas coisas para melhorar, porém foi um ano de muito
aprendizado, e isso é muito bom para nosso elenco. Não acho que faltou
algo, mas deixamos de conquistar pontos importantes em alguns jogos, e
isso foi crucial”, avaliou.