Uma
mulher do Missouri (EUA) deixou o seu marido morto no freezer por quase
um ano com medo que os médicos levassem o cérebro dele para fazer
pesquisa, informou hoje a polícia.
Uma
testemunha informou as autoridades que Paul Barton morreu no dia 30 de
dezembro de 2018. Barbara Watters, 67, foi detida e pode pegar quatro
anos de prisão por abandono de corpo.
Watters,
que tem "transtornos mentais" não especificados, disse à polícia que
seu marido sofria da doença de Lou Gehrig, também conhecida como
esclerose lateral amiotrófica (ELA).
A
idosa disse que bloqueou policiais e assistentes sociais de entrar em
casa porque temia que os médicos apreendessem o cérebro do marido, de
acordo com registros obtidos pela Associated Press.
Antes
da morte, ela levou o marido até a porta para que um policial pudesse
vê-lo, segundo os registros. Ele parecia "frágil e doentio", mas parecia
estar respirando por conta própria e não tinha hematomas no corpo.
"Watters
disse que Barton tinha dificuldade para andar, não falava e respondia
questão de 'sim' ou 'não' mexendo a cabeça", apontou um informe
policial.
Em um
ponto durante uma visita ano passado, os policiais puderam falar a sós
com Barton, que disse que não queria procurar tratamento em um hospital
do Kansas, mas desejava consultar um médico.
Watters disse que ela também gostaria que ele fosse ao médico, mas tinha preocupações.
"Ela
continuou mencionando o corpo de Paul sendo usado para pesquisas", dizia
o relatório. "Ela disse que eles não queriam que seu corpo fosse
desmontado. Barbara disse que, por se recusarem a consentir com as
pesquisas, eles estavam tendo dificuldade em encontrar um médico para
ajudar o marido".
Com informações Uol Notícias