Bombeiros
que atuam nas operações de resgate em meio à lama proveniente do
rompimento da barragem do Córrego Feijão, em Brumadinho (MG),
apresentaram sintomas de intoxicação. A informação, publicada pelo
portal Band.com e pelo jornal O Tempo, foi confirmada pelo coordenador-adjunto da Defesa Civil de Minas Gerais, tenente-coronel Flavio Godinho.
Alguns
militares tiveram náuseas e vômitos, e precisaram abandonar os
trabalhos de busca e salvamento. Segundo o tenente-coronel, que não
precisou o número de bombeiros com o quadro de mal-estar, todos estão
recebendo o apoio das equipes de saúde. Ele afirmou que esse cenário já
era esperado, uma vez que a lama tem na composição elementos químicos
usados no processamento do minério, e que não haverá prejuízos na
programação de busca e resgate às vítimas.
Até agora, são contabilizados 65 mortos e 279 pessoas desaparecidas.
A
gerente executiva de gestão ambiental da Vale, Gleuza Jesué, afirmou
que a empresa está fazendo uma análise laboratorial do rejeito despejado
pela companhia para saber se o material representa um risco para saúde.
O resultado, segundo a previsão de Gleuza, deve ficar pronto em 15
dias.
LAMA NO SÃO FRANCISCO
O
lamaçal da barragem estourada em Brumadinho deverá chegar entre os dias
15 e 20 de fevereiro no Rio São Francisco, na altura da Usina
Hidroelétrica de Três Marias, em São Gonçalo do Abaeté (MG). A previsão
foi dada em um boletim divulgado na terça-feira (29) pelo Serviço
Geológico do Brasil, estatal vinculada ao Ministério de Minas e Energia.
O
órgão deverá lançar um boletim por dia atualizando a situação da água
turva que escoa pelo Rio Paraopeba, um dos principais afluentes do São
Francisco. Conforme divulgado pelo Serviço Geológico do Brasil, o
composto de água com lama se desloca a uma velocidade de 1km/h e deverá
chegar nesta terça na região de São José de Varginha.