Antes de viajar para Porto Real (RJ) e Belo Horizonte (MG), o presidente
Michel Temer coordena hoje (24), no Palácio do Planalto, reunião para
discutir o impasse em torno dos preços dos combustíveis. A conversa
ocorre no dia seguinte ao anúncio da Petrobras de redução de 10% no
valor do diesel nas refinarias por 15 dias.
Temer convocou para a reunião os ministros Eduardo Guardia (Fazenda),
Moreira Franco (Minas e Energia), Valter Casemiro (Transportes, Portos e
Aviação), o presidente da Petrobras, Pedro Parente, e o secretário da
Receita Federal, Jorge Rachid.
Com a decisão de ontem (23) da Petrobras, o governo espera conseguir
negociar com o movimento dos caminhoneiros, que hoje atinge o quarto dia
de greve, paralisando o abastecimento de vários setores no país. Os
caminhoneiros se queixam do preço final do diesel.
Trégua
Após a reunião do presidente Temer com os ministros, a previsão é de que
outra conversa ocorra ao longo do dia. Será a vez de os ministros se
reunirem com as lideranças dos caminhoneiros, a exemplo do que ocorreu
ontem, no Palácio do Planalto. O objetivo é conseguir um acordo para
encerrar a paralisação e acabar com o bloqueia das rodovias e a ameaça
de desabastecimento em vários setores.
Porém, líderes dos caminhoneiros disseram ontem que o anúncio da
Petrobras, de redução de 10% do preço do diesel por 15 dias, não resolve
e que, assim, a paralisação continuará.
Impactos
A Petrobras avalia que, a partir da medida, a redução média será de R$
0,23 por litro nas refinarias, resultando numa queda média de R$ 0,25
por litro nas bombas dos postos de combustível.
A diminuição do preço deve ser maior para o consumidor, porque o imposto incidente acabará sendo menor.
O custo do combustível nas refinarias será de R$ 2,1016, valor fixado
para os próximos 15 dias. Ao fim do período, a tarifa será corrigida de
forma progressiva até voltar a operar de acordo com a política de preços
adotada pela estatal.
Agência Brasil