O jornalista Leão Lobo, 62, relembrou no último final de semana no “Programa Eliana” que ele sofreu um estupro coletivo na década de 70, época em que tinha 16 anos de idade. Em conversa com o site da “Veja”, o famoso comentou sobre o incidente que ocorreu em Mongaguá, no litoral de São Paulo.
“Me
senti culpado, estava no início da minha vida sexual, era muito
novinho. Achei que tinha culpa por ter flertado e aceitado ir com o cara
que me levou para a casa onde fui estuprado. Quando eu fazia sexo, era
escondido, um risco de ser descoberto. Hoje se fala muito na questão do
estupro, mas na época eu era um moleque, não tinha noção. Achava até que
era meio normal”, disse ele que afirmou ter sido pendurado pelos pés por quatro rapazes dentro de uma casa. “Da
posição em que eu estava, via uma geladeira cheia de garrafas de
uísque. Fizeram de tudo comigo, usaram as garrafas em mim. Eu achava que
ia morrer”, contou Leão que conseguiu fugir do local.
“O
rapaz que tinha me levado lá pegou um revólver e saiu atrás de mim.
Colocou a arma na minha cabeça e disse: ‘Você achou que ia escapar?’”, afirmou o apresentador do “Fofocando” que foi ajudado por duas pessoas que perceberam que ele estava em apuros. “Estava
sentindo muita dor, tinham me machucado muito, mas mesmo assim eu não
falei com ninguém sobre isso. Essa história sumiu da minha memória. Fui
lembrar muitos anos depois na terapia”, acrescentou ele que se
arrepende até hoje de não ter denunciado os agressores. “Sinto muita
raiva e muito nojo disso tudo. E tenho também um sentimento de
impotência por não ter tentado descobrir os nomes dos agressores. Fico
com raiva de mim mesmo por não ter enfrentado isso”, declarou.