A Justiça do Trabalho determinou o bloqueio judicial, penhora e remoção
de dois veículos de propriedade atribuída ao cantor Léo Magalhães e mais
duas empresas. A ação é movida pelo músico Humberto José da Silva por
causa de dívidas trabalhistas que, segundo o advogado dele, giram em
torno de R$ 1,5 milhão. A defesa do sertanejo disse ao G1 que vai
recorrer.
A determinação de penhora de dois veículos, sendo um ônibus e um
caminhão, foi do juiz Marcelo Nogueira Pedra, titular da 15ª Vara do
Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (TRT-18), em Goiânia. A
publicação ocorreu na última quarta-feira (1º), mas uma oficial de
Justiça deu cumprimento a parte do mandado na noite do dia seguinte,
quando Léo Magalhães fazia um show em Senador Canedo, na Região
Metropolitana da capital.
Segundo o advogado que defende o ex-funcionário do sertanejo, Rafael
Lara Martins, a ação faz parte de um processo contra Léo Magalhães, a LB
Produções Artísticas LTDA-ME e Bonfim & Oliveira LTDA-ME, que já
se arrasta desde o ano passado. No total, quatro músicos processaram os
três réus, mas um deles já fez um acordo, após uma condenação no início
do ano passado. Assim, os outros três continuam com ações em andamento.
A determinação de penhora dos veículos ocorreu em desdobramento ao
processo de Humberto José da Silva. Martins disse que, inicialmente, o
advogado pediu o bloqueio de bens de Léo Magalhães e das duas empresas,
mas nenhum valor foi encontrado nas contas bancárias deles para quitar
as dívidas trabalhistas.
“Os três réus integram o mesmo grupo econômico e identificamos que eles
têm e fazem uso de quatro veículos para os shows de Léo Magalhães. Só
que nenhum deles está em nome do cantor ou das empresas. No entanto, o
juiz entendeu que há indícios de que apenas o ônibus e a carreta são
desse grupo. Portanto, determinou a penhora dos bens e remoção desses
veículos para que, futuramente, eles possam ser leiloados”, explicou o
advogado.