O lutador brasileiro Anderson Silva voltou a se declarar inocente do caso de doping e prometeu retornar aos octógonos do UFC no próximo ano. Em entrevista ao site norte-americano TMZ Sports, ele manifestou surpresa com o resultado dos exames antidoping realizados antes da luta contra Nick Diaz, em janeiro.
"Não sei o que aconteceu", afirmou. "Estou surpreso. Quando meu empresário me ligou, ele disse que eu tinha um problema por ter sido pego no domingo. Minha reação foi 'o quê?'"
O brasileiro também negou ter usado substâncias proibidas para se recuperar da fratura na perna, sofrida no segundo revés para Chris Weidman, em 2013.
"Não (tem relação). Preciso checar todos os suplementos que uso porque nunca tive problemas com a Comissão (Atlética do Estado de Nevada), nem com UFC", disse. "Acho que isso é ruim para o esporte e muito ruim para mim e para a minha vida, até porque nunca usei nada para melhorar minha performance em uma luta", refletiu.
Mesmo após ter desaparecido das campanhas publicitárias dos seus patrocinadores, Silva não acredita que sua imagem foi arranhada. O lutador também já pensa no retorno e tem até um adversário preferido. "Não acho (que a reputação está manchada). Assim que a comissão disser que estou liberado, volto a lutar", destacou. "Acredito que será no próximo ano. Vou dar a revanche para o Nick, absolutamente. Estou preparado. Respeito a comissão e quando tudo acabar, lutarei com ele", prometeu.
O caso
Anderson foi flagrado no teste antidoping fora de competição, realizado em 9 de janeiro - a 22 dias da luta contra Nick Diaz, que apontou o uso do esteroide anabolizante drostanolona e também de androsterona.
O segundo teste fora de competição foi feito no dia 19 de janeiro, deu negativo para uso de substâncias proibidas. Entretanto testes realizados no dia do duelo com Diaz confirmaram a utilização de drostanolona e de medicamentos utilizados no combate à ansiedade e insônia.
No dia 17 de fevereiro, o lutador foi suspenso temporariamente pela Comissão Atlética do Estado de Nevada. Com a decisão, ele não poderá lutar até o julgamento definitivo do seu caso, em março ou abril.