Após o americano Charles Ramsey ganhar fama internacional como o "herói" que ajudou a libertar três mulheres que eram mantidas em um cativeiro há pelo menos uma década em uma casa de Cleveland, Ohio (EUA), outro vizinho alega ter sido o primeiro ajudar (assista ao vídeo).
"Eu fui o primeiro a ajudá-la", disse Angel Cordero, em entrevista à emissora de TV "ABC", sobre quem foi o primeiro a chegar à casa onde Amanda Berry e outras duas mulheres eram mantidas em cativeiro.
"Ramsey chegou depois que ela já estava lado de fora com a menina", disse Cordero, destacando que foi ele quem quebrou a porta da casa para ajudar Amanda escapar. "Eu fiz o que tinha que ser feito", disse Cordero, negando estar com ciúmes da fama obtida por Ramsey.
Amanda e mais duas mulheres foram encontradas com vida na segunda-feira (6) em uma casa em Cleveland, onde eram mantidas em cativeiro. Uma criança também foi retirada da casa - segundo a polícia, a menina de 6 anos é filha de Amanda e do sequestrador.
Caso
Amanda Berry tinha desaparecido em abril de 2003, quando tinha 16 anos, após sair do trabalho. Durante os anos de cativeiro, ela ficou grávida do sequestrador, identificado como Ariel Castro, e teve uma filha, uma menina que atualmente tem 6 anos.
A mãe da jovem, Louwanna Miller, morreu de ataque cardíaco em março de 2006.
Georgina DeJesus tinha apenas 14 anos em 2004 quando desapareceu após deixar a escola. Já Michele Knight desapareceu aos 21 anos, no dia 23 de agosto de 2002, depois de visitar uma prima, segundo o jornal "Cleveland Plain Dealer".
As três mulheres foram dadas como mortas pelas autoridades, devido ao tempo de desaparecimento. A mãe de uma delas chegou a acreditar que a filha havia sido traficada como escrava.
O proprietário da casa, Ariel Castro, de 52 anos, e seus irmãos, Pedro, 54, e Oneil, 50, foram presos acusados pelo sequestro das três mulheres. Eles serão interrogados por uma equipe conjunta da polícia de Cleveland e agentes do FBI nesta quarta-feira (8).
