A Polícia Civil de Roraima prendeu nesta quinta-feira (9) um líder indígena Macuxi, de 48 anos, suspeito de estuprar e engravidar as três filhas, atualmente com 30, 29 e 27 anos, e estuprar uma neta, de 13 anos, que a polícia afirmou ser fruto do abuso sexual cometido com uma das filhas do indígena. O caso ocorreu na comunidade de Sucubeira, município de Normandia.
Os estupros das filhas do líder indígena ocorreram há mais de 15 anos, segundo informações da polícia. Já a neta, a polícia informou que começou a sofrer abuso desde quando completou 10 anos. O crime foi descoberto após denúncia anônima feita ao Conselho Tutelar da região e repassada para a Polícia Civil.
De acordo com o delegado João Luciano, as investigações começaram há 25 dias. "Quando o Conselho Tutelar repassou a denúncia, iniciamos a investigação com uma história cobertura", disse. O delegado explicou que uma equipe do Conselho visitou a residência do suspeito dizendo que precisava regularizar os documentos de um programa social.
"Com isso, ele não desconfiou e até deixou a casa. Foi possível a equipe do Conselho Tutelar colher os depoimentos da família, confirmar a denúncia e descobrir que a família nunca denunciou por medo", contou. Segundo o delegado, a equipe do Conselho apresentou um relatório à polícia com as declarações das vítimas e um inquérito policial foi instaurado.
A polícia encaminhou a menina para exames de corpo de delito, que comprovaram a relação sexual consumada. O delegado informou que o juiz da Comarca do município de Bonfim, Aluísio Ferreira, expediu o mandado de prisão cumprido nesta quinta-feira. Luciano disse que, ao ser preso, o indígena confessou os crimes cometidos.
O líder indígena foi encaminhado na tarde deste dia 9 para fazer exames de corpo de delito e logo em seguida será encaminhado para a Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista, onde ficará à disposição da justiça. O delegado informou que o suspeito responderá pelo crime de estupro de vulnerável. A polícia informou que as investigações vão continuar e que para preservar as vítimas, o suspeito não seria apresentado à imprensa.