Holly Hill, professora do ensino fundamental, de 30 anos, morreu após complicações médicas causadas por um incidente ocorrido em 14 de fevereiro de 2023, quando ela ingeriu uma margarita misturada com produto de limpeza industrial em um restaurante mexicano em Elgin, no estado de Oklahoma (EUA).
Naquela noite, Holly comemorava o Dia dos Namorados com o marido quando, logo após o primeiro gole, percebeu que algo estava errado. “Sua boca estava em chamas e ela sabia que algo estava errado”, relatou a mãe, Kelly Hunter, ao canal local News 9. “Ela imediatamente se levantou, correu para o banheiro, começou a vomitar e a enxaguar a boca.”
Os efeitos da substância foram devastadores. O líquido corrosivo abriu um buraco no esôfago da professora, uma lesão que, segundo familiares, nunca cicatrizou completamente.
Durante mais de dois anos, Holly enfrentou o que seu obituário descreve como “uma longa e difícil jornada médica”. Ela passou por cerca de 30 procedimentos cirúrgicos, viveu com alimentação por sonda e lidou com fortes dores e infecções recorrentes.
Mesmo após inúmeras tentativas de reconstrução do esôfago, o quadro nunca se estabilizou. Dias antes de morrer, a professora foi submetida a mais um procedimento, quando os médicos constataram que “o buraco em seu esôfago não havia cicatrizado”, contou a mãe.
Antes de morrer, Holly havia entrado com uma ação judicial contra o restaurante responsável pela bebida. O caso foi resolvido por meio de um acordo confidencial, cujo valor não foi divulgado.
O corpo da professora, mãe de três filhos, foi sepultado na terça-feira (28/10).
Investigação será reaberta
Em meio à repercussão da morte, o chefe de polícia interino de Elgin, Ralph Parsons, afirmou na segunda-feira (27/10) que agentes estaduais iniciarão uma investigação preliminar sobre o caso, buscando esclarecer as circunstâncias que levaram ao erro fatal na preparação da bebida.
A morte de Holly Hill reacende o debate sobre falhas de segurança em estabelecimentos alimentícios e a necessidade de protocolos rigorosos no manuseio de produtos químicos usados na limpeza de bares e restaurantes. “Ela lutou por mais de dois anos com uma força que inspirou todos nós”, disse a mãe. “Mas ninguém deveria passar pelo que minha filha passou apenas por tomar uma margarita.”
FONTE CEARA AGORA