Desde o início de 2025, quando a restrição ao uso de celulares foi adotada em escolas de todo o Brasil, o ambiente escolar vem passando por mudanças significativas. Estudantes, professores e gestores reconhecem avanços no aprendizado e na disciplina.
Segundo pesquisa da Frente Parlamentar Mista da Educação, em parceria com o Equidade.info — iniciativa do Lemann Center da Stanford Graduate School of Education, nos Estados Unidos —, 83% dos alunos afirmam que passaram a prestar mais atenção nas aulas após a proibição.
O repórter Satiro Sales registra, no Jornal Alerta Geral, que 60% dos estudantes relatam que as distrações e interrupções diminuíram de forma perceptível.
PESQUISA E PROIBIÇÃO
O levantamento ouviu 2.840 estudantes, 348 professores e 201 gestores de escolas públicas e privadas em todas as regiões do país, entre maio e julho deste ano. A margem de erro é de 1,8 ponto percentual para alunos, 5 pontos para professores e 6,6 para gestores.
A proibição do uso do celular no ambiente escolar é uma das ações da gestão do Ministro da Educação, Camilo Santana. A lei está em vigência desde o início de 2025 e chegou pra ficar, agradando aos pais, educadores e dirigentes de escolas.
Os resultados mostram que os impactos positivos são mais visíveis entre os alunos mais jovens. Entre os que frequentam os anos iniciais do ensino fundamental (1º ao 5º ano), 88% disseram prestar mais atenção e 89% notaram melhorias no comportamento.
Nos anos finais do fundamental (6º ao 9º ano), esses percentuais caem para 77% e 85%, respectivamente. Já no ensino médio, os números são de 70% e 76%.
Professores e diretores também confirmam os ganhos: 74% concordam que os alunos estão mais focados. Para especialistas, os dados apontam que a medida contribui para devolver protagonismo à sala de aula e reduzir distrações digitais, favorecendo o aprendizado.
