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Foto Reprodução/SSPDS |
Os
cearenses têm se mostrado mais encorajados a denunciar casos de
racismo. Conforme dados da Superintendência de Pesquisa e Estratégia de
Segurança Pública (Supesp), foram registradas 182 ocorrências de crimes
ou atos de preconceito de raça ou cor entre janeiro e junho de 2025, um
aumento de mais de 13% em relação ao mesmo período do ano anterior,
quando haviam sido contabilizados 161 registros.
Entre
os meses analisados, abril liderou o número de denúncias, com 46 casos
registrados em todo o Ceará. Conforme o Estado, o crescimento das
denúncias é reflexo do avanço de ações afirmativas e de conscientização
sobre o tema.
Nesse
contexto, a criação da Secretaria da Igualdade Racial (Seir), que atua
no fortalecimento de canais de enfrentamento ao racismo, na orientação
às vítimas e na ampliação do debate público sobre a questão racial, tem
sido peça fundamental.
Segundo
Zelma Madeira, gestora da Seir, é essencial que a sociedade compreenda
que “racismo não é brincadeira pesada, é crime”. Ela reforça que a
interiorização das políticas de equidade racial é uma ferramenta
estratégica no combate a essas violações.
“Atuamos
de forma transversal para que todos os 184 municípios cearenses tenham
consciência de que o racismo é crime. Seja por meio de formações, de
projetos como o Município Sem Racismo ou de ações afirmativas, nosso
objetivo é fazer com que mais pessoas saibam identificar e registrar
esses crimes, para que sejam punidos conforme determina a legislação”,
afirma Zelma.