
A diretoria colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou, nesta semana, uma decisão histórica para pacientes com lúpus: a inclusão de dois medicamentos no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, tornando obrigatória a cobertura pelos planos de saúde.
A medida passa a valer a partir do dia 3 de novembro e deve beneficiar cerca de duas mil pessoas em todo o país.
Os remédios contemplados são o anifrolumabe e o belimumabe, indicados para o tratamento do lúpus eritematoso sistêmico em adultos que apresentam episódios recorrentes e fortes sintomas, mesmo após a utilização da terapia padrão.
A incorporação representa um avanço no acesso a tratamentos de alto custo, que até então ficavam fora do alcance de muitos pacientes da rede privada.
DECISÃO INÉDITA
É a primeira vez que medicamentos exclusivos para o tratamento do lúpus são incluídos no rol obrigatório da ANS. Contudo, em 2024, o belimumabe já havia sido incorporado, mas apenas para casos específicos de nefrite lúpica, complicação renal decorrente da doença. Agora, o alcance do medicamento se amplia.
A expectativa de associações de pacientes é que a medida garanta maior qualidade de vida e reduza a desigualdade de acesso a terapias modernas.
A ANS reforça que a atualização é fruto de análises técnicas e do compromisso de garantir tratamentos mais eficazes e seguros para doenças crônicas graves como o lúpus.