Vereador passou mal ao ser informado sobre a decisão de Alexandre de Moraes
Carlos Bolsonaro (PL-RJ) passou mal e precisou receber atendimento ao descobrir que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), havia decretado a prisão domiciliar de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, nesta segunda-feira, 4. A informação foi confirmada pelo Terra pela equipe do vereador.
Ele foi levado para receber atendimento médico no Hospital da Unimed, na Barra da Tijuca. A reportagem entrou em contato com a unidade em busca de mais informações sobre o quadro, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.
Carlos Bolsonaro ainda não se manifestou nas redes sociais após a prisão domiciliar do pai, que já estava usando tornozeleira eletrônica. Entre os irmãos, o senador Flávio Bolsonaro (PL‑RJ) declarou que o Brasil se encontra "oficialmente em uma ditadura".
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por sua vez, chamou Alexandre de Moraes de "psicopata descontrolado", por meio de nota publicada nas redes sociais. Por fim, o vereador Jair Renan (PL-SC) apenas compartilhou uma postagem do irmão Eduardo.
Prisão domiciliar de Bolsonaro
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta segunda-feira, 4, após o descumprimento de medidas cautelares. No domingo, 3, o ex-chefe de Estado apareceu em vídeo publicado nas redes sociais do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), seu filho, durante manifestações bolsonaristas pelo Brasil.
Na decisão, Moraes escreveu que “agindo ilicitamente, o réu Jair Messias Bolsonaro se dirigiu aos manifestantes reunidos em Copacabana, no Rio de Janeiro, produzindo dolosa e conscientemente material pré-fabricado para seus partidários continuarem a tentar coagir o Supremo Tribunal Federal e obstruir a Justiça, tanto que, o telefonema com seu filho, Flávio Nantes Bolsonaro, foi publicado na plataforma Instagram”.
“Não há dúvidas de que houve o descumprimento da medida cautelar imposta a Jair Messias Bolsonaro”, conclui o magistrado.
Em nota ao Terra, a defesa de Jair Bolsonaro afirma ter sido 'surpreendida' pela decretação da prisão domiciliar, 'tendo em vista que o ex-presidente Jair Bolsonaro não descumpriu qualquer medida'.
"Cabe lembrar que na última decisão constou expressamente que “em momento algum Jair Messias Bolsonaro foi proibido de conceder entrevistas ou proferir discursos em eventos públicos”. Ele seguiu rigorosamente essa determinação", aponta a defesa.
"A frase “Boa tarde, Copacabana. Boa tarde meu Brasil. Um abraço a todos. É pela nossa liberdade. Estamos juntos” não pode ser compreendida como descumprimento de medida cautelar, nem como ato criminoso", diz, ainda, a nota assinada pelos advogados Celso Vilardi, Paulo Amador da Cunha Bueno e Daniel Tesser. A defesa apresentará recurso cabível à decisão.