
A antevéspera de entrada em vigência da tarifa de 50% sobre produtos exportados para os Estados Unidos é marcada pelo estremecimento das relações entre o Brasil e o Governo norte-americano com a decisão do presidente Donald Trump impor a Lei Magnitsky contra o Ministro do STF, Alexandre de Moraes.
A Lei Magnitsky, assinada em 2012 pelo então presidente Barak Obama, permite aos Estados Unidos punir estrangeiros envolvidos em corrupção ou graves violações de direitos humanos.
O dispositivo surgiu após a morte de Sergei Magnitsky, advogado russo que denunciou um esquema de corrupção em seu país e morreu em uma prisão de Moscou em 2009, aos 37 anos. Moraes é a primeira autoridade de um País democrático enquadrado nessa legislação.
Com a decisão, o ministro Alexandre de Moraes, que já estava proibida de desembarcar nos Estados Unidos, sofre ainda mais restrições, como, por exemplo, bloqueio de bens, cartões e contas bancárias de instituições norte-americanas. O bloqueio é por tempo indeterminado.
CONFLITOS ECONÔMICOS E POLÍTICOS
A decisão contra o Ministro do STF, Alexandre de Moraes, é mais um capítulo nos conflitos políticos e econômicos dos Estados Unidos com o Brasil. Solidário ao ex-presidente Jair Bolsonaro, o presidente Donald Trump impõe uma série de restrições a autoridades brasileiras e duras medidas na área tributária.
As consequências no campo da economia são imprevisíveis e, se mantidas as tarifas de 50% sobre os produtos exportados para os Estados Unidos, com validade a partir dessa sexta-feira (1º de agosto), a produção de setores exportadores será reduzida de forma drástica, com possíveis demissões de trabalhadores.
Sem diálogo, o Governo do presidente Lula enfrenta momentos de pressão para anunciar medidas para proteger as empresas afetadas pelo tarifaço e, ao mesmo tempo, preservar milhares de empregos.
FONTE CEARA AGORA