quarta-feira, 25 de junho de 2025

Doenças controladas no Ceará ameaçam retorno após número de vacinas não atingir toda a população

Foto Prefeitura de Fortaleza
Dados divulgados pelo Anuário VacinaBR 2025, elaborado pelo Instituto Questão Ciência, com apoio da Sociedade Brasileira de Imunizações e da Unicef, mostram que a crise da vacinação no Ceará tem gerado preocupação entre as autoridades de saúde, especialmente pelo risco de reintrodução de doenças que já estavam controladas, como poliomielite e coqueluche.

O levantamento mostra que, há mais de uma década, o Brasil não atinge as metas de imunização para a maioria das vacinas destinadas a crianças de até um ano de idade. No Ceará, em 2023, vacinas que previnem pelo menos 15 doenças não alcançaram a cobertura de 95% preconizada pelo Plano Nacional de Imunização.

Cobertura parcial e abandono do esquema vacinal

Alguns imunizantes voltaram a atingir cobertura superior a 100%, como a BCG e a vacina contra hepatite B em recém-nascidos. No entanto, vacinas que exigem mais de uma dose nos primeiros meses de vida continuam registrando taxas de abandono preocupantes.

Um exemplo é a vacina contra meningite meningocócica: em 2023, apenas 88,4% dos bebês cearenses de três meses tomaram a primeira dose, e 85,9% receberam a segunda. A última vez que o esquema completo atingiu a meta no estado foi em 2020.

A pesquisa mostra as doenças com cobertural vacinal abaixo da meta no Ceará em 2023: Pneumonias graves, Sarampo, Caxumba, Rubéola, Difteria, Tétano, Coqueluche, Febre amarela, Hepatite A e B, Poliomielite, Varicela e HPV.

Para evitar que doenças controladas voltem a aparecer, o Ministério da Saúde fez ações para amplicar a cobertura vacinal em todo o país, como por exemplo: o plano de vacinação atualizado a cada quatro meses em municípios do Brasil, aplicação de vacinas em escolas, empresas e equipamentos públicos como os Vapt Vupts.

Com informações do Ceará Agora.