terça-feira, 8 de abril de 2025

Para 52% dos eleitores, Bolsonaro deve ser preso por tentativa de golpe, diz Datafolha

Datafolha entrevistou 3.054 pessoas com mais de 16 anos em 172 cidades entre 1º e 3 de abril

Bolsonaro lê seu discurso na Paulista
Bolsonaro lê seu discurso na Paulista
Foto: Luiz Rodrigues / Ato Press/Estadão Conteúdo

Para 52% dos eleitores, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deveria ser preso pela trama golpista. É o que aponta a pesquisa Datafolha, publicada nesta terça-feira, 8. No entanto, apesar do cenário desfavorável para o ex-mandatário, outros 42% discordam e não querem vê-lo na prisão. Já 7% não souberam responder. 

Ainda conforme os dados, 52% dos entrevistados acreditam que Bolsonaro não será preso, apesar de já ser réu no processo por tentativa de golpe, contra 41% que preveem a detenção dele. Outros 7% não avaliaram. 

Foram entrevistadas 3.054 pessoas com mais de 16 anos em 172 cidades entre 1º e 3 de abril. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou menos. 

O cenário quanto à prisão de Bolsonaro se divide conforme os recortes socioeconômicos, e também nas faixas de apoio e rejeição no eleitoral. 

A pesquisa aponta que em sua base no Norte/Centro-Oeste, houve empate técnico, pois 47% acreditam que ele deveria ser preso, enquanto 45% dizem o contrário. No Sul, 49% dos entrevistados dizem que o ex-presidente tem que estar livre e 46% o querem preso.  

Quanto aos religiosos, 55% dos católicos são a favor da prisão e 39%, contra. Os números se invertem quando os entrevistados são evangélicos associados ao bolsonarismo.  Os contrários são 54% ante 38% favoráveis.

No Nordeste, 59% concordam que ele deveria ir para a cadeia. Já os votantes em ‘não deveria’ é menor entre mulheres, com 36%, e quem completou só o ensino fundamental, com 35%. Entre os eleitores com ensino superior, 50% acreditam que ele será preso, assim como 47% daqueles que ganham mais de dez salários mínimos.

Os jovens de 16 a 24 anos não acreditam muito que Bolsonaro vá para a cadeia, 57% dos entrevistados. O cenário é parecido entre aqueles que têm escolaridade média e entre os que ganham de 2 a 5 mínimos, que representam 56%. 

Fonte: Redação Terra