Os números mais recentes do Ministério do Trabalho revelam que, em duas semanas, os bancos emprestaram R$ 3,3 bilhões reais aos trabalhadores da iniciativa privada. Os bancos estão com dinheiro para emprestar, mas é precisa cautela na hora de pegar a grana porque a taxa de juros chega a 7,27%, ao mês, e, por ano, a 134,98%.
O repórter Carlos Silva dá detalhes, no Jornal Alerta Geral, sobre as armadilhas dos juros altos que podem deixar mais aperto no bolso. O crédito tem como garantia recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) com algumas regras que devem ser observadas com muita cautela pelos consumidores.
EXIGÊNCIAS PARA EMPRÉSTIMOS
Uma dessas regras é a exigência de um comprometimento máximo de até 35% do salário para o pagamento das parcelas e a garantia do crédito até 10% do FGTS ou 100% da multa rescisória, caso o trabalhador seja demitido sem justa causa. A estimativa do Governo Federal aponta que a nova modalidade de crédito tem potencial de movimentar 100 bilhões de reais uma vez que são, pelo menos, 46 milhões de trabalhadores com carteira assinada.
Uma das preocupações de quem busca o dinheiro emprestado é com as taxas de juros, que pode corroer, a médio e longo prazo, uma boa parte da renda e do orçamento doméstico. A taxa de juros que o trabalhador vai conseguir no banco dependerá da análise de risco que as instituições financeiras farão com base do tempo de carteira de trabalho assinada e histórico de operações de crédito. Agora, outro detalhe: a taxa de juros pode ficar além dos percentuais aplicados em tradicionais linhas de crédito consignado.
JUROS CHEGAM A 135% AO ANO
Um exemplo: um trabalhador fez a simulação com pedido de empréstimo de R$ 2.300 e ficou assustado: o empréstimo, com proposta de 18 parcelas de R$ 265 , somaria, ao final, R$ 4.800, com taxa de juro mensal de 7,27%. Ao ano, nesse caso, os juros chegariam a 134,98%.
Fonte Ceara Agora