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Foto TV Verdes Mares |
O
que era para ser um momento de alegria virou uma luta pela vida. A
pequena Ana Lia, de 4 anos, foi baleada na cabeça durante uma festa de
Réveillon em um condomínio de luxo em Fortaleza. Agora, quase três meses
após o episódio, ela se recupera em casa após ter passado por mais uma
cirurgia na cabeça em decorrência do tiro.
O
caso aconteceu no bairro Presidente Kennedy. O pai de Ana Lia é músico e
havia sido contratado para tocar no local. A pequena estava nos braços
do pai quando foi atingida na cabeça, no exato momento da queima de
fogos.
"Como
foi no momento dos fogos, eu fiquei falando que poderia ser fogos, que
ela tinha sido atingida por fogos. E até a gente chegar no [hospital]
Frotinha, que foi eu mesmo que levei ela, a gente pensou que eram fogos.
A gente não sabia em nenhum momento que seria arma de fogo porque não
tinha como, não teve briga, nada", conta Fagner Nogueira, pai da menina.
No
Frotinha do Antônio Bezerra, a equipe médica decidiu transferir a
criança para o hospital Instituto Dr. José Frota (IJF), onde poderia
receber atendimento especializado. Foi dentro da UTI móvel, a caminho do
IJF, que um profissional de saúde informou à família que a criança, na
verdade, tinha sido baleada na cabeça.
Lia
passou 27 dias internada no IJF. Ela recebeu alta e ficou em casa até a
semana passada, quando voltou ao hospital para uma cirurgia de
reconstrução do crânio. O procedimento foi bem-sucedido e ela já voltou
para casa, onde se recupera e já voltou a realizar algumas de suas
brincadeiras preferidas, como pintar e brincar de boneca.
Até
agora, não se sabe de onde partiu o tiro que atingiu Ana Lia. O caso é
investigado como lesão corporal pelo 10º Distrito Policial da Polícia
Civil.
"A
pessoa que fez isso, ela sabe que foi ela. Talvez nunca vá ser
descoberto, talvez a polícia nunca descubra pela complexidade da coisa
toda. Mas o que eu quero dizer é: que a Justiça de Deus seja feita",
disse Fagner.