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Foto Pexels |
Infecções
Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são um problema de saúde pública cuja
prevenção tem um aliado antigo, mas negligenciado em muitas relações
sexuais: o preservativo. Além dessas doenças, a camisinha também
funciona como método contraceptivo e pode ser encontrada facilmente na
rede pública de saúde.
Hoje,
13 de fevereiro, é comemorado o Dia Internacional do Preservativo,
ocasião que reforça a importância do sexo seguro. A data, criada nos
Estados Unidos, em 2008, é uma iniciativa da AIDS Health Care Foundation
e é a véspera do Valentine’s Day, Dia dos Namorados em vários países.
No Brasil, coincide com o período festivo do mês de Carnaval.
Apesar
de ser conhecido há milhares de anos - os primeiros preservativos foram
usados no Egito, China, Grécia e Roma, feitos em materiais como linho e
tripas de animais -, ainda hoje o recurso enfrenta barreiras para seu
uso.
Pesquisas
feitas no Brasil e no mundo mostram que ainda há muitas desculpas para a
camisinha ser deixada de lado. Entre elas, estão a alegada confiança no
parceiro sexual, a rejeição do método (por supostamente “cortar o
clima” da relação) e o desconhecimento sobre os riscos do sexo sem
proteção.
Porém,
Organização Mundial da Saúde (OMS), Ministério da Saúde e especialistas
garantem que o uso da camisinha externa ou interna, em todas as
relações sexuais, é o método mais acessível e eficaz para proteção
contra ISTs.
Glaura
Fernandes, infectologista do Hospital São José (HSJ), unidade da
Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) referência no tratamento de doenças
infecciosas, lista uma série de condições preveníveis com os
preservativos:
infecção por HIV
aids
sífilis
gonorreia
clamídia
herpes genital
hepatite B
hepatite C
cancro
câncer de pênis
câncer de colo do útero
Além
disso, o método ajuda a evitar gravidez não planejada. Para a médica,
contudo, ainda há falhas na educação em saúde para um uso de maneira
consciente.
“Falta
conhecimento mesmo das pessoas de onde pegar o preservativo de maneira
gratuita; de achar que se tem relação com um único parceiro ou parceira
não existe necessidade de usar; ou de achar que ele está atrelado só à
prevenção da gravidez”, observa.