quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Negligenciada em relações sexuais, camisinha ajuda a prevenir mais de 10 doenças


Foto Pexels
Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são um problema de saúde pública cuja prevenção tem um aliado antigo, mas negligenciado em muitas relações sexuais: o preservativo. Além dessas doenças, a camisinha também funciona como método contraceptivo e pode ser encontrada facilmente na rede pública de saúde.

Hoje, 13 de fevereiro, é comemorado o Dia Internacional do Preservativo, ocasião que reforça a importância do sexo seguro. A data, criada nos Estados Unidos, em 2008, é uma iniciativa da AIDS Health Care Foundation e é a véspera do Valentine’s Day, Dia dos Namorados em vários países. No Brasil, coincide com o período festivo do mês de Carnaval.

Apesar de ser conhecido há milhares de anos - os primeiros preservativos foram usados no Egito, China, Grécia e Roma, feitos em materiais como linho e tripas de animais -, ainda hoje o recurso enfrenta barreiras para seu uso.

Pesquisas feitas no Brasil e no mundo mostram que ainda há muitas desculpas para a camisinha ser deixada de lado. Entre elas, estão a alegada confiança no parceiro sexual, a rejeição do método (por supostamente “cortar o clima” da relação) e o desconhecimento sobre os riscos do sexo sem proteção.

Porém, Organização Mundial da Saúde (OMS), Ministério da Saúde e especialistas garantem que o uso da camisinha externa ou interna, em todas as relações sexuais, é o método mais acessível e eficaz para proteção contra ISTs.

Glaura Fernandes, infectologista do Hospital São José (HSJ), unidade da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) referência no tratamento de doenças infecciosas, lista uma série de condições preveníveis com os preservativos:

infecção por HIV

aids

sífilis

gonorreia

clamídia

herpes genital

hepatite B

hepatite C

cancro

câncer de pênis

câncer de colo do útero

Além disso, o método ajuda a evitar gravidez não planejada. Para a médica, contudo, ainda há falhas na educação em saúde para um uso de maneira consciente.

“Falta conhecimento mesmo das pessoas de onde pegar o preservativo de maneira gratuita; de achar que se tem relação com um único parceiro ou parceira não existe necessidade de usar; ou de achar que ele está atrelado só à prevenção da gravidez”, observa.

Com informações do Diário do Nordeste.