quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Após 5 anos, Brasil é recertificado como um país livre do sarampo

Foto: Fabiane de Paula

O Brasil foi recertificado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) como um país livre de sarampo. Desde 2019, devido a baixa cobertura vacinal e a reintrodução da doença no país, o certificado foi perdido. Para recuperar a declaração, foi preciso demonstrar que não houve transmissão do vírus do sarampo durante pelo menos um ano, além de fortalecer as políticas públicas de imunização.

De acordo com o Ministério da Saúde, diversas estratégias foram pensadas para a reversão do quadro. Entre elas, o investimento em vacinação nas fronteiras e locais de difícil acesso, além da busca ativa de casos suspeitos. Também foram realizadas oficinas de resposta rápida a casos de sarampo e rubéola nos territórios, além de cursos online de manejo clínico do sarampo.

Ainda, de acordo com a pasta, em 2023,o Governo Federal destinou mais de R$ 724 milhões para manter a eliminação de doenças, com investimentos em vigilância em saúde, laboratórios estaduais, imunobiológicos e oficinas de microplanejamento e multivacinação, realizadas nos 5.570 municípios de todos os estados brasileiros.

Segundo a ministra Nísia Trindade  o certificado é uma vitória do Sistema Único de Saúde. “Reflete o movimento nacional de gestores, da comunidade científica, da vigilância em saúde e do parlamento, todos empenhados em fortalecer a vacinação e a saúde pública. Esse reconhecimento é uma conquista coordenada pelo governo federal, mas resultado do esforço conjunto de muitas frentes e do nosso SUS”, afirma.

Tríplice viral

Distribuído gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde, a vacina tríplice viral protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola. A imunização é a principal forma de prevenir casos graves e óbitos causados pela doença.

O imunizante é recomendado em duas doses para pessoas de 12 meses a 29 anos e em dose única para adultos de 30 a 59 anos. 

Em última atualização, o Ministério da Saúde afirmou que a cobertura da primeira dose passou de 80,7% em 2022 para 88,4% em 2023. E, em 2024, até o momento, já chegou a 92,3%.