O Cariri é um dos maiores produtores de algodão do Ceará, de acordo com dados da Produção Agrícola Municipal (PAMM). Uma pesquisa realizada na Faculdade de Tecnologia Centec (Fatec) promete desenvolver melhorias no rendimento das plantações de algodão com o uso de nitrogênio.
De acordo com a PAMM, das 3,3 mil toneladas produzidas no estado, 987 delas vieram da região. Mesmo com esse alto padrão de produção, alguns aspectos do plantio precisam ser melhorados para potencializar suas produções.
Por esse motivo, a Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap) apoia pesquisas que buscam melhorar e inovar a cotonicultura do Ceará. O nitrogênio é um dos nutrientes mais importantes no cultivo do algodão. Porém, se administrado na quantidade incorreta, pode afetar diretamente o crescimento das plantas e, em consequência, a produção.
A pesquisa
Os pesquisadores observaram que as doses de nitrogênio, superiores a 120 kg ha-1, prejudicam o crescimento e produção de matéria seca do algodoeiro nas condições de clima e solo presentes no Cariri cearense. Além disso, foi verificado que a adubação nitrogenada excessiva reduz a eficiência de uso do elemento na produção.
A partir da pesquisa, testes estão sendo realizados para verificar os níveis mais adequados de nitrogênio, fósforo e potássio para o desenvolvimento da planta no solo do Cariri. De acordo com os pesquisadores, alguns agricultores locais usam medidas de outras regiões nas plantações do locais.
Ainda segundo os pesquisadores, é essencial a realização de estudos em diferentes locais do país, buscando recomendações da adubação nitrogenada mais precisas para a cultura do algodão. “Alguns produtores costumam usar recomendações de outras regiões do país, o que não é interessante. Esse trabalho visa trazer uma recomendação local para as condições de solo e clima da nossa região”, explicou o professor Aureliano Albuquerque, do curso de Tecnologia em Irrigação e Drenagem da Fatec Cariri e coordenador da pesquisa.
FONTE MISÉRIA