Foto: Thiago Gaspar - Casa Civil
O governador Elmano de Freitas (PT) disse nesta terça-feira (3), durante encontro com produtores e investidores, que o Ceará tem condições favoráveis para produzir e exportar algodão em larga escala. Na abertura do 14º Congresso Brasileiro do Algodão, em Fortaleza, ele destacou os potenciais que podem reposicionar o estado no setor.
“Temos vantagens competitivas como a tecnologia, para que algumas regiões se tornem produtoras no patamar que temos no País, além do sol e solo. Teremos uma ferrovia [Transnordestina] que será concluída daqui a dois anos. Temos um dos portos mais modernos do País [Porto do Pecém] para exportação, com localização estratégica mais próxima aos Estados Unidos e Europa”, pontuou.
Até a década de 1980, o Ceará era um dos maiores produtores de algodão no Brasil, mas foi afetado pela destruição das plantações de algodão em razão de pragas, com predominância do bicudo-do-algodoeiro. A partir dos anos 2000, o Brasil voltou a produzir em diversas regiões, consolidando-se atualmente no ranking de produtores de algodão e, em 2024, tornou-se líder mundial na exportação.
De acordo com Elmano, o Ceará tem buscado retomar a cotonicultura dialogando projetos com a Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará (Faec), Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), Embrapa, Sebrae e outras instituições de pesquisa e do setor privado. No que se refere a incentivos fiscais para atrair investidores, ele disseque o Estado “tem regras claras há mais de 20 anos”.
“Nós temos um conselho que avalia os pedidos de incentivos, sabendo que os incentivos têm um prazo pela Reforma Tributária até 2032. Mas estamos preparando estudos sobre a migração do atual modelo de incentivo para o novo modelo, que é o do Fundo de Desenvolvimento Regional [aprovado na Reforma Tributária]”, concluiu.
FONTE MISÉRIA