terça-feira, 21 de maio de 2024

Governo suspende leilão para compra de arroz importado

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) deve definir estratégias alternativas após especulação no preço do produto

PRODUÇÃO ARTESANAL - O arroz é aquecido no vapor durante o processo de fabricação da bebida: a receita simples de fermentação, que se assemelha à da cerveja, facilita a abertura de pequenas saquerias que começam a brotar

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) suspendeu o leilão para a compra de 104 mil toneladas de arroz importado de países do Mercosul, que seria realizado nesta terça-feira, 21. Segundo a estatal, que não informou o motivo do cancelamento, a data de realização do leilão será publicada “oportunamente”.

O produto seria distribuído, em um primeiro momento, a pequenos varejos das regiões metropolitanas de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará, Pará e Bahia, a no máximo 4 reais o quilo, ao consumidor final, de acordo com edital da última quarta-feira (15).

A medida visava evitar a alta do preço do arroz no país em razão das cheias no Rio Grande do Sul. Segundo o governo, que deve definir estratégias alternativas, houve especulação, com elevação em 30% no valor do produto após o anúncio da compra.

A ideia do governo era importar arroz de países vizinhos pertencentes ao Mercosul para aumentar a oferta no mercado interno e evitar altas de preços ao consumidor após as chuvas no Rio Grande do Sul, maior produtor do grão no país. 

Os países que compõem o bloco (Paraguai, Uruguai e Argentina) são os principais fornecedores externos de arroz para o mercado nacional. Como o Mercosul é zona de livre-comércio, não há pagamento de imposto para vender o produto ao Brasil. Na segunda-feira, entretanto, o governo anunciou a isenção de taxas para o imposto para importação, contemplando outros vendedores além do Mercosul.

FONTE TERRA