sexta-feira, 17 de maio de 2024

Ceará tem o quinto maior aumento na alfabetização em 12 anos, mas segue com 14% da população analfabeta

O Ceará conseguiu reduzir, entre 2010 e 2022, a proporção de pessoas com 15 anos ou mais que são analfabetas e, logo, aumentou a taxa de alfabetização, tendo a 5º maior ampliação desse índice no país, entre os 26 estados e o Distrito Federal. Os dados constam no Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022 e foram divulgados nesta sexta-feira (17). Em 2010, 18,8% da população cearense com 15 anos ou mais (critério usado nos censos do IBGE desde 1950) era analfabeta, ou seja, não sabia ler e escrever ao menos um bilhete simples. Em 2022, essa proporção, que evidencia um problema histórico, recuou 4,7 pontos percentuais e, no cenário mais recente, 14,1% da população segue analfabeta.

O Censo Demográfico 2022 é uma pesquisa feita pelo IBGE em todas as residências brasileiras, e além de dados sobre as características da população e as formas de moradia, também investiga aspectos como educação. Nesse quesito, a pesquisa que ocorreu em 2022 (com atraso, pois deveria ter sido aplicada em 2020) investigou o estado educacional da população indicando de forma censitária qual a proporção de pessoas alfabetizadas e não alfabetizadas em cada cidade brasileira.

Segundo o IBGE, é considerada alfabetizada a pessoa que “sabe ler e escrever pelo menos um bilhete simples ou uma lista de compras, no idioma que conhece, independentemente do fato de estar ou não frequentando escola e já ter concluído períodos letivos”. A informação foi captada no item “Sabe ler e escrever?”, do questionário básico do Censo Demográfico aplicado nas residências.

Mas, apesar da melhora no cenário, o Ceará ainda é o 5º do país com a maior proporção de pessoas analfabetas. E a taxa de analfabetismo no Estado é o dobro da média nacional, visto que no Brasil, em 2022, 7% do contingente populacional não sabia ler nem escrever, enquanto 93% foram considerados alfabetizados.

No Brasil, o Nordeste ainda concentra os maiores índices de analfabetismo e os 9 estados constam na lista com as 10 unidades da federação com as menores taxas de alfabetização. No caso de Alagoas, o estado foi a Unidade da Federação que mais aumentou o percentual de pessoas de 15 anos ou mais alfabetizadas, com uma expansão de 6,7 pontos percentuais, ainda assim isso não foi suficiente para retirá-la da última posição na taxa de pessoas alfabetizadas.

Com informações do Diário do Nordeste