O
Ceará conseguiu reduzir, entre 2010 e 2022, a proporção de pessoas com
15 anos ou mais que são analfabetas e, logo, aumentou a taxa de
alfabetização, tendo a 5º maior ampliação desse índice no país, entre os
26 estados e o Distrito Federal. Os dados constam no Censo Demográfico
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022 e
foram divulgados nesta sexta-feira (17). Em 2010, 18,8% da população
cearense com 15 anos ou mais (critério usado nos censos do IBGE desde
1950) era analfabeta, ou seja, não sabia ler e escrever ao menos um
bilhete simples. Em 2022, essa proporção, que evidencia um problema
histórico, recuou 4,7 pontos percentuais e, no cenário mais recente,
14,1% da população segue analfabeta.
O
Censo Demográfico 2022 é uma pesquisa feita pelo IBGE em todas as
residências brasileiras, e além de dados sobre as características da
população e as formas de moradia, também investiga aspectos como
educação. Nesse quesito, a pesquisa que ocorreu em 2022 (com atraso,
pois deveria ter sido aplicada em 2020) investigou o estado educacional
da população indicando de forma censitária qual a proporção de pessoas
alfabetizadas e não alfabetizadas em cada cidade brasileira.
Segundo
o IBGE, é considerada alfabetizada a pessoa que “sabe ler e escrever
pelo menos um bilhete simples ou uma lista de compras, no idioma que
conhece, independentemente do fato de estar ou não frequentando escola e
já ter concluído períodos letivos”. A informação foi captada no item
“Sabe ler e escrever?”, do questionário básico do Censo Demográfico aplicado nas residências.
Mas,
apesar da melhora no cenário, o Ceará ainda é o 5º do país com a maior
proporção de pessoas analfabetas. E a taxa de analfabetismo no Estado é o
dobro da média nacional, visto que no Brasil, em 2022, 7% do
contingente populacional não sabia ler nem escrever, enquanto 93% foram
considerados alfabetizados.
No
Brasil, o Nordeste ainda concentra os maiores índices de analfabetismo e
os 9 estados constam na lista com as 10 unidades da federação com as
menores taxas de alfabetização. No caso de Alagoas, o estado foi a
Unidade da Federação que mais aumentou o percentual de pessoas de 15
anos ou mais alfabetizadas, com uma expansão de 6,7 pontos percentuais,
ainda assim isso não foi suficiente para retirá-la da última posição na
taxa de pessoas alfabetizadas.