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Foto Leábem Monteiro/SVM |
Uma
mulher de 56 anos e um adolescente de 14 anos foram capturados nesta
terça-feira (26), pela Polícia Civil do Ceará, suspeitos de envolvimento
na morte de uma menina de seis anos que foi encontrada morta dentro de
um carro, em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), com
sinais de violência sexual.
O
laudo cadavérico da vítima indicou que a causa da morte foi asfixia por
afogamento. Além disso, e das marcas de violência sexual encontradas
inicialmente no corpo, foi constatada pela Perícia Forense do Ceará
(Pefoce) uma hemorragia no pulmão, que seria compatível com uma
violência física anterior ao afogamento.
O
Diário do Nordeste apurou que os suspeitos são a tia-avó e o primo da
menina. A mulher teria ajudado a praticar o homicídio e tentado ocultar o
crime. Já o adolescente teria sido responsável pelos atos análogos ao
estupro e ao homicídio.
VÍTIMA SOFREU VIOLÊNCIA SEXUAL
Em
coletiva de imprensa na tarde desta terça, a Secretaria da Segurança
Pública e Defesa Social (SSPDS) detalhou que as investigações
identificaram a presença de sêmen em um travesseiro escondido no quarto
da vítima. O material foi encontrado também na manta utilizada para
cobrir o berço em que a menina dormia. Os três moravam juntos.
O
perito-geral da Pefoce, Júlio César Torres, informou que o crime
análogo ao estupro foi praticado pelo adolescente. No entanto, o
representante pontuou que não foi encontrado sêmen no corpo deixado no
carro.
A
suspeita é de que a vítima tenha sido violentada fisicamente antes de
ser afogada pela dupla em baldes com água doce que estavam espalhados
pela residência — chovia na noite do crime. Contudo, ainda há a
possibilidade de que alguns dos crimes tenham sido cometidos fora da
casa.
MULHER NEGA PARTICIPAÇÃO NOS CRIMES
Capturados,
tanto a mulher como o adolescente negam participação nos crimes
cometidos contra a vítima. Por isso, e devido a contradições nos
depoimentos prestados por eles à Polícia, a investigação deve continuar
nos próximos dias — a Polícia tem até um mês para concluir o inquérito.
À
frente do caso, o titular da 10ª Delegacia do Departamento de
Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Ícaro Gomes Coelho, afirmou que
as contradições nas versões dos suspeitos foram "essenciais" para os
pedidos de encarceramento, mas que há outras discrepâncias a serem
analisadas, como, por exemplo, horários e motivos de saídas.
Por
ora, a mulher é investigada por suspeita de ocultação de cadáver, falso
testemunho e tentativa de fraude processual. Já o adolescente deve
responder por atos análogos a estupro e homicídio