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A condenação do treinador Cuca por um caso de estupro, em 1987, envolvendo uma menor de idade foi anulada pelo Tribunal Regional do distrito de Berna-Mittelland, na Suíça. A decisão foi baseada na argumentação da defesa de que Cuca foi condenado sem representação legal, o que, segundo seus advogados, lhe daria direito a um novo julgamento.
No entanto, as autoridades suíças afirmaram que um novo julgamento não seria possível, pois o crime já estava prescrito. Assim, o Ministério Público sugeriu a anulação da pena e o encerramento do processo.
O encerramento do processo não implica na inocência de Cuca, mas indica que o caso foi concluído devido à falta de representação legal. Devido a irregularidades no julgamento, a juíza Bettina Boschler ordenou que o Estado suíço indenizasse Cuca em 9.500 francos, cerca de R$ 55 mil.
Cuca, através de sua assessoria, expressou alívio com o resultado e refletiu que deveria ter lidado com o assunto mais cedo. Ele também mencionou que os últimos 8 meses foram emocionalmente difíceis, mas aconteceram no tempo certo.
O caso voltou a ganhar destaque na mídia no ano passado, quando Cuca foi contratado pelo Corinthians. Houve fortes protestos dos torcedores e principalmente das torcedoras e jogadoras do Corinthians, logo após o anúncio da contratação de Cuca em abril.
Entenda o caso
O caso remonta a 1987, quando Cuca, ainda jogador do Grêmio, participou de uma excursão com o time para a Europa. Na Suíça, ele e outros três jogadores foram detidos sob a acusação de terem feito sexo sem consentimento com Sandra Pfäffli, que tinha 13 anos na época. Eles foram liberados um mês depois.
O Grêmio indicou um advogado para defender Cuca e outros dois envolvidos, mas este abandonou a defesa um ano antes do julgamento. Em 1989, Cuca, Eduardo e Henrique foram condenados a 15 meses de prisão e multa em um julgamento sem representação legal. Fernando foi absolvido da acusação por ser considerado apenas cúmplice.