Fotos: Reprodução
A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, foi sorteada nesta terça-feira (18/4) como relatora de denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o senador e ex-juiz, Sergio Moro (União Brasil). A PGR solicitou a prisão do parlamentar após a divulgação de um vídeo em que ele fala em “comprar habeas corpus” do ministro Gilmar Mendes. As imagens viralizaram nas redes sociais na última sexta-feira (14/4).
A denúncia foi encaminhada nessa segunda-feira (17/4). Nas imagens, Moro aparece sorrindo e falando em “comprar um habeas corpus do (ministro do Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes”.
No documento, a vice-procuradora Lindôra Maria Araujo afirma que Moro estava “ciente da inveracidade de suas palavras” e pediu que o senador seja condenado à prisão.
Em coletiva nessa segunda-feira, o ex-juiz disse ser vítima de um vídeo editado e que sempre fez “críticas respeitosas” ao STF.
“Me preocupo, dentro desse mesmo contexto, que o governo federal busque cercear a liberdade de expressão. É claro que ela não abrange ofensas, é claro que ela não abrange ameaças, mas, claramente, naqueles fragmentos manipulados, não há nenhuma acusação contra o ministro Gilmar Mendes, não há nenhuma ofensa intencional ao ministro. O que existe são falas descontextualizados e divulgadas em fragmentos, para falsamente me colocar como alguém contrário ao Supremo Tribunal Federal e ao próprio ministro. O que nunca fui”, disse.
Entenda o caso
Na última sexta-feira (14/4), o senador Sergio Moro foi flagrado em vídeo no qual, em tom de demboche, dizia que iria “comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes“.
“Não, isso é fiança. Instituto para comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes”, destaca, no vídeo, em resposta a uma voz feminina.
Em nota ao Metrópoles, a assessoria do senador afirmou que a fala foi tirada de contexto e que “não contém nenhuma acusação contra ninguém”.
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