Treinador esteve no comando alvinegro por duas partidas e foi desligado por causa da polêmica condenação por estupro de menina de 13 anos
Cuca não é mais o técnico do Corinthians. O comandante não resistiu à pressão pública desde a sua contratação, na semana passada, e deixou o clube paulista após apenas dois jogos. Desde o anúncio de sua chegada, diversos torcedores do Corinthians foram às ruas e às redes sociais para protestar pela contratação, por causa da condenação de Cuca em um caso de estupro de uma criança de 13 anos, em 1987, na Suíça.
Depois da classificação nos pênaltis contra o Remo para as oitavas de final da Copa do Brasil, Cuca fez um breve pronunciamento na NeoQuímica Arena: "Eu saio neste momento, não é pelo o que eu queria. Se espera uma vida inteira para estar aqui. É um pedido da minha família. 'Pai, vem, estamos precisando'. Amanhã estou em casa, vou cuidar de vocês."
Além da vitória contra o Remo, Cuca dirigiu o time na derrota para o Goiás no domingo passado pelo Campeonato Brasileiro. Ele tinha contrato com o Corinthians até o final da temporada.
Apesar da condenação por estupro, Cuca recebeu apoio dos jogadores do Corinthians, que fizeram questão de correr para abraçá-lo ao final do duelo contra o Remo na noite de quarta-feira. Na coletiva, Cuca levou uma camisa de Cássio, e na zona mista Roger Guedes revelou que o treinador chorou na conversa com o elenco. O camisa 10 alvinegro defendeu o agora ex-comandante e afirmou que acredita na sua inocência.
Condenação por estupro
Cuca foi acusado e condenado junto com mais três colegas do Grêmio por envolvimento no abuso de uma adolescente de 13 anos em 1987 durante uma excursão do time gaúcho pela Suíça. O técnico chegou a ser condenado a 15 meses de prisão, além de pagamento de multa. Porém, como julgamento a revelia--quando o réu é comunicado oficialmento do processo e não se defende--, ele nunca cumpriu a pena, além do Brasil não acordo de extradição de seus cidadãos.
Na entrevista de apresentação ao Corinthians, Cuca minimizou o fato, reafirmou a sua inocência e disse que tinha vagas lembranças no episódio. Porém, em entrevista para o Jornal dos Sports, em 1989, o então jogador do Grêmio minimizou o caso e até detalhou características da vítima.
Fonte Terra