Aluno estudava em outra unidade, quando uma funcionária registrou B.O. afirmando que ele fazia posts "portando armas de fogo"
O adolescente de 13 anos que matou uma professora a facadas e feriu outras quatro pessoas na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, em São Paulo, já apresentava "comportamento suspeito nas redes sociais". Em fevereiro, uma funcionária de outra unidade educacional, em Taboão da Serra, havia feito um boletim de ocorrência denunciando a situação.
De acordo com o jornal O Globo, na época em que ocorreu a notificação à Polícia Civil, em 28 de fevereiro deste ano, o menino estudava na Escola Estadual José Roberto Pacheco. Pouco tempo depois, ele foi transferido para o colégio onde fez o ataque à faca.
O caso foi registrado no 1° Distrito Policial de Taboão da Serra. Conforme a reportagem, a funcionária da escola relatou às autoridades que o estudante publicou "vídeos comprometedores", "portando arma de fogo" e "simulando ataques violentos".
Além disso, ele teria encaminhado "mensagens e fotos de armas aos demais alunos por WhatsApp", e que alguns pais estavam se sentindo "acuados e amedrontados" com tais mensagens e fotos. Diante da denúncia, foi determinada a intimação dos pais do aluno e o prazo de seis dias para que as investigações fossem realizadas.
Já em 15 de março, o adolescente foi transferido para a escola Thomazia Montoro, onde ocorreu o ataque. Na semana passada, o jovem se envolveu em uma briga, que teria começado após proferir xingamentos racistas a um colega. Ele o chamou de "macaco" e "ratinho".
A confusão foi apartada pela professora Elisabete Tenreiro, de 71 anos, a primeira a ser atingida pelo aluno. Ela não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo. Pouco antes de ir para a escola, ele anunciou nas redes sociais que iria realizar o ataque. Em um dos tweets, ele afirma ter aguardado por esse momento a "vida inteira”, e que esperava matar ao menos uma pessoa.
Ataque à faca em escola
Um aluno, de 13 anos, atacou à faca educadores e colegas dentro da Escola Estadual Thomazia Montoro, nesta segunda. O ataque deixou seis vítimas. Dentre elas estão quatro professoras - sendo que uma delas foi Elisabete, que veio a óbito - e dois alunos. Um desses estudantes não foi ferido, mas ficou em estado de choque após o ocorrido.
O menor agressor foi imobilizado por uma professora e depois apreendido pela Polícia Militar. Em seguida, o suspeito foi conduzido à delegacia.
Nas redes sociais, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) lamentou a morte da educadora. "Muito pesar e tristeza com a notícia da morte da professora Elisabete Tenreiro, que não resistiu aos ferimentos causados pelo horror do ataque desta manhã. E meu muito obrigado à professora Cintía, que em uma ação heróica impediu que essa situação terrível fosse ainda mais grave", escreveu.