sexta-feira, 3 de junho de 2022

Ceará supera volume de chuva esperado para todo o ano; cenário só aconteceu 3 vezes em 12 anos


Foram precisos apenas 153 dias para que as chuvas no Ceará ultrapassassem a média histórica anual. Conforme levantamento realizado pelo Diário do Nordeste, entre 1º de janeiro a 3 de junho, o Estado já acumulou 808,7 milímetros, índice superior ao que é esperado para todo o ano (800,6 mm).

Nos últimos 12 anos, apenas em três oportunidades as chuvas ficaram acima da média. Em 2020, o ano fechou com 958,6 milímetros (+19,7%) e, em 2019, acumulado de 841,2 mm, o que representa 5,1% acima da média. 2022: 808,7 mm
2021: 690,3 mm
2020: 958,6 mm
2019: 841,2 mm
2018: 798 mm
2017: 667,8 mm
2016: 550 mm
2015: 523,4 mm
2014: 546,1 mm
2013: 548,7 mm
2012: 363,8 mm
2011: não consta informações no site da Funceme
2010: 537,6 mm

Esses bons índices devem-se à regularidade das chuvas ao longo dos meses. Entre janeiro e maio, apenas fevereiro fechou com pluviometria bem abaixo da média, com 64,5 milímetros registrados, quase 50% inferior à normal climatológica (118,6 mm).

Janeiro teve a maior variação percentual dentre os meses iniciais. Choveu 163,7 mm, ou seja, quase 66% acima da normal climatológica (98,7 mm). Já março obteve o maior índice: foram 265,8 milímetros acumulados ao longo do mês, um desvio positivo de 30,7%.

O mês de abril fechou bem próximo da média, com 182,6 mm registrados ante 188 milímetros da média histórica, diferença de apenas 3%. Maio, último mês da quadra chuvosa, chegou ao fim com 110,4 milímetros acumulados, o que representa quase 22% acima da normal climatológica.

AÇUDES ALCANÇAM RECORDE

O intenso volume de chuva impactou diretamente a recarga dos reservatórios cearenses. Conforme dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), atualmente são 41 açudes sangrando. Maior número, para o período, dos últimos 10 anos.

Além destes, outros 14 reservatórios estão com volume acima dos 90% e também estão próximos de sangrar. Já o volume médio dos 156 açudes cearenses monitorados pela Cogerh é de 38,4%. Este percentual é o segundo melhor dos últimos dez anos, atrás apenas de 2013, com 39,26%.

Com informações do Diário do Nordeste.